“Todos os anos deparávamo-nos que após o último concerto de cada festival de Verão, havia milhares de copos descartáveis no chão e por isso fomos pesquisar este problema”. Para Ana Sofia Malta e Hugo Moreira, este motivo foi mais que suficiente para unirem os seus conhecimentos à protecção do meio ambiente. Licenciados em Design de Multimédia, os jovens decidiram criar a Bio Poli, a primeira startup nacional de eco design a comercializar produtos de plástico de origem vegetal.
A ideia é produzir copos reutilizáveis que possam ser usados em festivais de Verão nacionais e internacionais, mas também em todos os espaços que disponham de um sistema de bebidas “como jardins zoológicos, parques de diversões e parques aquáticos”. Deste modo, evita-se o uso de copos descartáveis “que demoram cerca de 400 anos a degradarem-se”, confirma a embaixadora.
O projecto conta com o apoio do programa “Passaporte para o Empreendedorismo” e, apesar de já estar a ser aplicado no estrangeiro, Ana e Hugo pretendem fazê-lo em Portugal mas de maneira distinta. O plástico de origem vegetal, sendo uma materia-prima mais sustentável do que o petróleo, pretende marcar a diferença, dando também a possibilidade às empresas promotoras de aplicarem o seu “green marketing” através da personalização do objecto. "O copo é uma ferramenta de comunicação e pode ser reutilizado em contexto doméstico”, explica.
O facto de ser fácil de transportar é outro dos aspectos que pretende levar o Bio Poli a conquistar mais adeptos na redução da pegada ecológica. Preso por uma fita e um mosquetão, os participantes deixam de estar de copo na mão e conseguem transportá-lo mais facilmente. No caso de não serem reaproveitados, os copos demoram 180 dias a degradarem-se no meio ambiente.
Para já o copo da Bio Poli não tem um preço definido uma vez que este “dependerá da quantidade encomendada.” O projecto, que está a ser desenvolvido no Fundão desde Novembro, pretende estar concluído dentro de meio ano e entrar no mercado em 2015.
Texto editado por Luís Octávio Costa