Fazer votos ingleses
A estratégia dos "remainers" parece ser negociar uma aliança fiscal que pudesse servir de ponto de partida para um eventual regresso do RU à EU: uma separação temporária, sem divórcio.
Vivem-se tempos interessantes no Reino Unido (RU). Nas eleições locais inglesas vai ser importante - pelo menos em Londres - a maneira como votarão os cidadãos de países da União Europeia (UE), considerando que votam pela última vez. Votarão mais do que costumam e escolherão os candidatos menos brexiteiros.
Apesar das eleições serem locais o "Brexit" continua a dividir os britânicos. Nos círculos de Londres onde dominam os conservadores o número de quem votou "Brexit" ronda os 30 por cento. Os eleitores anti-"Brexit" têm dois partidos favoráveis a um segundo referendo (os liberais-democratas e os verdes) mas a tendência em Londres é votar por alguém que possa ganhar: num conservador ou num trabalhista.
Corbyn é um brexiteiro que é a favor duma aliança fiscal com a UE. Apesar das graves acusações de antissemitismo, os trabalhistas devem aumentar substancialmente o número de votos. No entanto a expectativa de eles conquistarem círculos obstinadamente conservadores (como Westminster e Wandsworth) pode ser gorada por eleitores chocados com esse antissemitismo.
Os medos dos brexiteiros com Jacob Rees-Mogg à frente são o indicador mais fiável de como vai o "Brexit". Está a ser combatido na Câmara dos Lordes, que está a conseguir fortalecer a tese que dá à Casa dos Comuns a decisão final sobre o "Brexit".
A estratégia dos "remainers" parece ser negociar uma aliança fiscal que pudesse servir de ponto de partida para um eventual regresso do RU à EU: uma separação temporária, sem divórcio.