AIESEC volta a recrutar jovens para estágios internacionais

Jovens portugueses podem agora candidatar-se a Estágios Internacionais pelo mundo inteiro, como voluntários ou profissionais. Estes últimos são remunerados

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Catherine Benson/Reuters

Encontram-se abertas, mais uma vez, desde o início de Setembro, as candidaturas para os Estágios Internacionais da AIESEC. O programa destina-se a jovens com menos de 30 anos que estejam a frequentar (ou tenham terminado) um ciclo do ensino superior há menos de dois anos. Os principais destinos são (mas não só) a Ásia, América Latina e Europa de Leste e têm a duração de seis semanas a 18 meses. Um bom domínio do inglês (nível B2 ou superior) é imprescindível.

Podes escolher entre duas modalidades. Se optares pelo programa de voluntariado, que se destina a estudantes de qualquer área de formação, existem três vertentes: educação, saúde e desenvolvimento de ONG. Ensino de outra língua numa escola na Ucrânia, consciencialização para cuidados de saúde em Moçambique ou desenvolvimento de um plano de marketing para uma ONG no Brasil são alguns dos exemplos do que podes encontrar.

Já a via profissional destina-se a estudantes das seguintes áreas: gestão, economia, marketing, relações públicas, turismo e gestão hoteleira, engenharia informática, tecnologias da informação ou línguas. Soubemos que Guilherme, por exemplo, está, neste momento, a passar uma temporada na Microsoft, na Bélgica. Nesta modalidade a remuneração do estágio cobre ou excede os custos de vida no país de destino.

Após a candidatura (apenas alguns dados pessoais são pedidos), cada candidato é convidado a assistir a sessões de apresentação a acontecer pelos nove comités nacionais. Caso o interesse de facto exista, dá-se início a uma série de etapas de selecção: há uma dinâmica de grupo e ainda uma entrevista. Finalmente há um fim-de-semana de formação e preparação com todos candidatos (o qual tem um custo).

Requisitos para a selecção 

Que qualidades procuram? “Candidatos com vontade de ir lá para fora, que se queiram desafiar, proactivos e determinados, sendo este um factor de decisão muito mais importante do que as notas ou o currículo”, explica Isabel Gomes, directora de Marketing da AIESEC na FEP. Ali, em média, inscrevem-se 300 pessoas em casa fase, sendo 30 os seleccionados.

Tudo isto dá acesso a uma base de dados online de oportunidades de estágio, onde o estagiário “pode escolher o país de destino bem como optar por entre milhares de estágios disponíveis a qualquer altura”, pode-se ler no site. Por norma o estagiário demora dois a cinco meses a completar o processo de selecção e encontrar o seu estágio. O acesso a esta plataforma custa 100 euros para o programa de voluntariado e 200 euros para o programa profissional.

A AIESEC responsabiliza-se por providenciar alojamento para o estagiário e/ou a auxiliá-lo na pesquisa e ainda promete a integração do estagiário no país de destino. No entanto “a viagem até ao país de destino é da responsabilidade do estagiário”, podemos ler na página da organização.

O processo repete-se, geralmente, em Novembro e em Março, com possíveis desfasamentos no tempo consoante os comités. Em Maio abrem as candidaturas para o “Summer Abroad”.

Segundo a AIESEC, anualmente, mais de 20 mil estudantes e recém-licenciados aceitam o desafio de viver e trabalhar num país estrangeiro através do programa desta organização de estudantes universitários, presente em 124 países.

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