O empregado do bar chama-se Carl e é um robô

Humanóide trabalha no Robots Bar & Longe em Imenau, Alemanha. É uma criação do engenheiro mecatrónico Ben Schaefer

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Fabrizio Bensch/Reuters

Mais do que fazer malabarismos com garrafas e pequenas danças com o "shaker", um bom bartender deve saber ouvir — ensinou-nos Hollywood. Ora, Carl é quase a figura ideal para estar atrás do balcão. Prestável, ajuda os colegas a preparar os cocktails e a servi-los, e não se engana nas medidas. Não é de grandes palavras: as suas capacidades de reconhecimento de fala são ainda limitadas. Perfeito. Não interrompe confissões amorosas, nem vai contar segredos alheios. Vai interagindo, como pode, com muitos dos clientes que vão ao Robots Bar & Lounge em Imenau, na Alemanha, só para o ver.

Com 2,5 metros, um pomposo laço vermelho e um aparente olhar penetrante, Carl não é o primeiro robô bartender, nem há-de ser o último. O humanóide foi desenvolvido a partir de peças obsoletas de robôs industriais por Ben Schaefer, engenheiro mecatrónico cuja empresa H&S Robots está há 23 anos na área.

Carl não anda, mas desliza atrás do balcão através de um eixo colocado na parte superior do bar. Deste modo, não verte bebidas e só contacta directamente com técnicos especializados. Composto apenas por tronco, braços e cabeça, está ainda equipado com um cinto que previne colisões.

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Carl e Ben Schaefer Fabrizio Bensch/Reuters

O espaço Robots Bar & Longe abriu recentemente e promete ser um ponto de encontro entre a tecnologia e o futuro, para provável júbilo dos estudantes da Universidade de Tecnologia de Ilmenau. Schaefer decidiu testar o humanóide no bar, e não no laboratório, para o confrontar com muitas características humanas. "Cada passo torna o nosso robô um pouco mais humano", escreve no seu site Schaefer, para quem "as cenas de filmes de ficção científica são bem possíveis". O sistema, que se encontra num "estado rudimentar", vai continuar a ser aprimorado, nomeadamente no que toca à inteligência artificial e reconhecimento de objectos.

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As capacidades de reconhecimento de fala do humanóide são limitadas Fabrizio Bensch/Reuters
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