Aviso prévio: não nos enganamos a escrever o nome deste projecto português. O papel que Mónica Oliveira e Nuno Bernardes desenvolveram é mesmo florescente. “O papel florescente é um papel manufacturado que, a meio da sua produção, recebe sementes”, diz a primeira.
O processo de produção das folhas assemelha-se ao do papel reciclado comum, continua, em entrevista ao P3, “com excepção para o uso de sementes, que lhes confere diferenciação”: o papel para reciclar é posto de molho e moído até formar uma pasta, que é depois diluída e transformada em folhas.
O propósito do Papel Florescente é, explica a marketeer, ser utilizado como uma folha simples com a particularidade de que, após cumprir a sua função — carta, postal, folheto, etiqueta, divulgação, cartão de visita ou convite — pode ser plantado em vez de ir para o lixo.
Rasgar, molhar e plantar
E é “tão simples de plantar como outra coisa qualquer”, garante. Basta rasgar, molhar e plantar (sob uma leve camada de terra fértil), regar diariamente e ver florescer, “sem cuidados adicionais”.
Este papel português é vendido com sementes “certificadas, testadas e aprovadas” de flores (cravo francês, boca de leão, cosmea), chá (camomila), e outros verdes de uma linha "gourmet" (agrião, rúcula, salsinha, manjericão) e até pimenta.
Estão disponíveis vários tamanhos: A4, A5 e A6, a 19, 9,5 e 6,5 euros, respectivamente. Mas Mónica, 34 anos, e Nuno, 35, estão abertos a sugestões: “para todo o tipo de peças que se possa imaginar, basta pedir orçamento”.
Os dois amigos da área do Marketing (ela) e da Consultoria (ele) querem tornar o Papel Florescente “uma empresa de referência em sustentabilidade, tendo como base princípios de responsabilidade ambiental, social e económica”.