Vhils inaugura a exposição "Dissolve" na Austrália
A primeira exposição a solo na Austrália de Alexandre Farto estará patente até ao dia 6 de Abril
O artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, inaugura na quinta-feira a sua primeira exposição a solo na Austrália, conquistando assim mais um continente com o seu trabalho a escavar paredes.
De acordo com a página na Internet da galeria Skalitzers, “Dissolve”, “a primeira exposição a solo na Austrália do artista português Alexandre Farto, também conhecido como Vhils”, estará patente em Sydney a partir de quinta-feira. A Skalitzers, de dois australianos, tem uma galeria permanente em Berlim, na Alemanha, e inicia com a exposição de Vhils a sua presença em Sydney. A exposição “Dissolve” estará patente até 6 de Abril.
O artista português é conhecido pelos seus retratos escavados em vários tipos de materiais, de paredes exteriores a portas de madeira, poliestireno, metal ou estuque. Alexandre Farto tem 25 anos, aos dez despertou para o graffiti, mas três anos depois é que começou a “pintar a sério”. No entanto, foi a escavacar paredes que captou a atenção do mundo. Hoje em dia, Vhils vive das peças que cria, expõe e são comercializadas através das galerias com que trabalha.
Até isso ser possível, fez ilustração, design gráfico, publicidade e voluntariado em projectos de intervenção social (como a Associação Khapaz do “rapper” Chullage, na Arrentela, e projectos do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas). Em 2007, Alexandre Farto trocou Lisboa por Londres, para onde foi estudar.
Os últimos anos têm sido uma roda-viva de viagens constantes com participações em festivais, exposições e trabalhos pela Europa, América do Norte e América do Sul e Ásia.
Vhils ao lado de Francis Bacon
No final do ano passado, em declarações à Lusa, o director da galeria londrina Lazarides, Ralph Taylor, disse que as obras do artista português podem conviver com as de Francis Bacon, numa colecção privada. “Nós trabalhamos com compradores de todos os espectros, e é possível ver uma peça de Vhils exibida junto de uma tela de Francis Bacon ou de uma obra de Banksy”, afirmou Taylor à Lusa.
Foi a diferença do tipo de trabalho em relação a outros artistas de arte de rua que levou a galeria londrina a apostar no português, que considera ser “o artista mais trabalhador” que conheceu, por ter alcançado mais do que outros numa só década. Lisboa, Porto e Aveiro são cidades portuguesas cujas ruas acolhem trabalhos seus, à semelhança de Medelim e Cali, na Colômbia, Nova Iorque e Los Angeles, nos Estados Unidos, Grottaglie, no sul da Itália, e capitais como Moscovo ou Bogotá, entre outras.