O prémio “Best Student Paper Award” foi atribuído em Viena, Áustria, ao jovem investigador português Carlos Faria, no âmbito da Conferência Internacional de Engenharia Biomédica. O cientista foi distinguido por um trabalho que “procura traçar o perfil” de sistema robótico “mais adequado” para tarefas cirúrgicas ligadas à estimulação cerebral profunda.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Universidade do Minho (UM), instituição na qual Carlos Faria frequenta o doutoramento em Engenharia Biomédica, explica que esta estimulação “é um dos procedimentos mais eficazes no tratamento de desordens neurológicas decorrentes de doenças como Parkinson”.
Para o trabalho distinguido, intitulado “Robotic Assisted Deep Brain Stimulation Neurosurgery: first steps on system development”, foram “criadas e avaliadas” ferramentas de simulação orientadas à operação de sistemas robóticos no interior de uma sala de operações.
Aplicação para a neurocirurgia
“O objectivo é utilizar uma plataforma robótica para guiar eléctrodos e probes [tubos] ou, então, outra instrumentação cirúrgica que seja mais simples e intuitiva para os neurocirurgiões”, explica Carlos Faria, 23 anos, natural de Braga.
O comunicado acrescenta que, “na área da instrumentação neurocirúrgica, pretende-se tirar proveito da tecnologia robótica, que conta com grande precisão e estabilidade, características essenciais nestas situações”.
Segundo a instituição minhota, “com base neste trabalho e no panorama emergente da neurocirurgia roboticamente assistida, foi confirmada a viabilidade e atractividade do projecto por especialistas das áreas médica e robótica”.