O Governo vai alargar o Impulso Jovem à Região de Lisboa e Vale do Tejo, anunciou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, para quem a adesão ao programa de combate ao desemprego está aquém dos objectivos.
“Queremos alargar este programa à Região de Lisboa e Vale do Tejo, o que não pode ser feito numa primeira fase porque esta área não está coberta por fundos europeus, mas vamos fazê-lo com fundos do Orçamento de Estado para uma região que tem um número muito significativo de desempregados”, anunciou esta segunda-feira o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
O ministro admitiu que o Impulso Jovem está aquém dos objectivos e que “terá que ser expandido”. O programa de combate ao desemprego “Impulso Jovem”, que envolve mais de 344 milhões de euros e tem como objetivo abranger 90 mil jovens, foi aprovado em julho pelo Conselho de Ministros e englobou, até agora, mais de quatro mil jovens desempregados.
Combater a burocracia
Miguel Relvas atribui a reduzida adesão à falta de divulgação, área em que o governo quis “ser austero”, mas que vai agora reformular para estimular a adesão de empresas e jovens ao programa.
“Vamos combater burocracia, avançar com o processo dos jovens estando menos tempo inscritos no centro de emprego e vamos aumentar a divulgação junto das empresas”, afirmou o ministro, que hoje enviou aos parceiros sociais um conjunto de propostas para aumentar a eficácia do combate ao desemprego jovem.
“As empresas não estão a aproveitar o potencial da excelente mão-de-obra disponível”, sublinhou o governante durante a sessão de apresentação do programa realizada em Santarém.
O programa prevê, nomeadamente, uma redução da taxa social única (TSU) de 90 por cento, até ao montante máximo de 175 euros, para as empresas que contratem a termo jovens desempregados de longa duração, por um período mínimo de 18 meses.
O ‘passaporte emprego’, que garante, no final de um estágio profissional de 12 meses (com formação profissional mínima de 50 horas), um prémio de integração, caso ocorra a celebração de um contrato de trabalho sem termo, é outra das medidas.
Relvas adiantou ainda a intenção do Governo de aderir “o mais cedo possível” à iniciativa comunitária “Garantia Jovem”, visando “ocupar todos os jovens”, seja a estudar, trabalhar ou em formação profissional.