Meshe: candeeiros de montar feitos com cartolina

Os arquitectos Sofia Neves e Bruno Figueiredo criaram três candeeiros personalizáveis que os clientes podem montar. Meshe é o nome da marca, que vende apenas online

Os candeeiros custam entre 65 e 90 euros DR
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Os candeeiros custam entre 65 e 90 euros DR
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Sofia Neves e Bruno Figueiredo gostam de formas geométricas e decidiram brincar com elas, criando um objecto de raiz que abordasse “a construção de formas mais complexas”. O primeiro candeeiro que os dois arquitectos desenharam e produziram juntos integrou uma obra.

À marca de objectos deram o nome de meshe, inspirados na palavra inglesa “mesh” (rede, “malha composta por várias formas geométricas”). “Juntámos o ‘e’ no fim para tentar uma relação com a palavra portuguesa”, explica Sofia. “Interessa-nos o processo de envolvimento da pessoa que vai usar o candeeiro”, reforça. É essa, aliás, a característica que melhor distingue estes objectos dos demais já existentes no mercado.

Quem compra o candeeiro tem de o montar, segundo as instruções, mas não é obrigado a seguir uma ordem estanque. “Como são peças repetidas podem ser montadas com combinações diferentes”, continua Sofia. Estas são agregadas com recurso a “umas peças de união usadas antigamente nas encadernações”.

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Bruno e Sofia estão abertos a sugestões e novas formas de conjugar cores e formas DR

Os candeeiros meshe estão à venda há apenas algumas semanas, na loja online, em três modelos diferentes. O mais simples tem um preço de 65 euros e o mais complexo custa 90 euros. Pelo meio há um modelo a 75 euros. Os clientes podem escolher a cor do cabo de electricidade, dentro da variedade disponível, conforme a divisão onde o pretende colocar.

Aproximar o desenho da produção 

“O processo de concepção dos objectos meshe surge da investigação académica que fazemos no âmbito da integração de modelos computacionais e meios de fabrico digital da concepção de projectos de arquitectura e design”, explicam os dois arquitectos de 33 anos, actualmente a trabalhar no Porto.

“No fundo, nós fazemos tudo”, resume Sofia, desde o desenho à mão e no computador, passando pela impressão numa máquina das peças em cartolina — a ideia é aproximar “o momento de desenho do de produção”. No futuro, os dois arquitectos estão a pensar desenvolver peças noutros materiais, como o prolipropileno, “sempre com espessuras até ao máximo de um milímetro”.

Sugestões de novas conjugações de cores e dicas de montagem são bem vindas. “Quem não gosta do que existe no mercado pode sempre adaptar”, remata Sofia. A meshe agradece — assim podem vir a nascer novos modelos.

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