Quando fazemos turismo em Portugal ficamos em casa dos amigos ou da família

Mais turistas trocam o hotel pela casa de amigos ou de família, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística

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(antoniojdelacerda/Flickr)

Quando viajam no país, os turistas residentes em Portugal procuram sobretudo dormida onde não têm de pagar para pernoitar, ficando em casa de familiares ou amigos.

Com o aperto de cinto imposto pela diminuição do rendimento disponível, essa tendência foi mais clara na primeira metade do ano. Comparando com o mesmo período de 2011, o peso das dormidas em hotéis e pensões perdeu terreno para as dormidas no chamado alojamento particular gratuito, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Quase três quartos das dormidas aconteceram neste meio de alojamento. De Janeiro a Junho, registaram-se 21,9 milhões de dormidas turísticas por parte de residentes em Portugal, mais 11,9% do que no mesmo período do ano passado. O aumento não significou, porém, mais dormidas na hotelaria.

Os dados do INE indicam que os turistas passaram a ficar mais vezes em casa de amigos e familiares, evitando assim pagar para pernoitar, uma vez que há um crescimento do peso do alojamento particular gratuito.

As dormidas em hotéis e pensões representaram 18,6% das dormidas turísticas nos primeiros seis meses de 2012, quando no mesmo período do ano passado a sua expressão chegava 24,9% do total, ou seja, quase um quarto do total.

7,1 milhões de deslocações

Esta quebra contribuiu para que o alojamento particular gratuito passasse agora a representar 74,5% das dormidas. Seja em lazer, recreio ou férias, seja quando o motivo é a visita de familiares ou amigos, a opção pelo alojamento particular gratuito é a que soma o maior número de dormidas.

De acordo com o INE, 97,4% das dormidas associadas a deslocações para visita a familiares e amigos foram em alojamento particular gratuito (quase nove mil até Junho).

No caso das deslocações em férias e por motivos de lazer, o peso não foi tão grande, mas representou mais de metade do total (59,8%). Os hotéis e pensões só foram maioritários nas dormidas associadas a viagens de trabalho ou de negócios (48,5%). Na primeira metade do ano, foram feitas 7,1 milhões de deslocações turísticas por pessoas a residir em Portugal.

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