Quando fazemos turismo em Portugal ficamos em casa dos amigos ou da família
Mais turistas trocam o hotel pela casa de amigos ou de família, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística
Quando viajam no país, os turistas residentes em Portugal procuram sobretudo dormida onde não têm de pagar para pernoitar, ficando em casa de familiares ou amigos.
Com o aperto de cinto imposto pela diminuição do rendimento disponível, essa tendência foi mais clara na primeira metade do ano. Comparando com o mesmo período de 2011, o peso das dormidas em hotéis e pensões perdeu terreno para as dormidas no chamado alojamento particular gratuito, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Quase três quartos das dormidas aconteceram neste meio de alojamento. De Janeiro a Junho, registaram-se 21,9 milhões de dormidas turísticas por parte de residentes em Portugal, mais 11,9% do que no mesmo período do ano passado. O aumento não significou, porém, mais dormidas na hotelaria.
Os dados do INE indicam que os turistas passaram a ficar mais vezes em casa de amigos e familiares, evitando assim pagar para pernoitar, uma vez que há um crescimento do peso do alojamento particular gratuito.
As dormidas em hotéis e pensões representaram 18,6% das dormidas turísticas nos primeiros seis meses de 2012, quando no mesmo período do ano passado a sua expressão chegava 24,9% do total, ou seja, quase um quarto do total.
7,1 milhões de deslocações
Esta quebra contribuiu para que o alojamento particular gratuito passasse agora a representar 74,5% das dormidas. Seja em lazer, recreio ou férias, seja quando o motivo é a visita de familiares ou amigos, a opção pelo alojamento particular gratuito é a que soma o maior número de dormidas.
De acordo com o INE, 97,4% das dormidas associadas a deslocações para visita a familiares e amigos foram em alojamento particular gratuito (quase nove mil até Junho).
No caso das deslocações em férias e por motivos de lazer, o peso não foi tão grande, mas representou mais de metade do total (59,8%). Os hotéis e pensões só foram maioritários nas dormidas associadas a viagens de trabalho ou de negócios (48,5%). Na primeira metade do ano, foram feitas 7,1 milhões de deslocações turísticas por pessoas a residir em Portugal.