Empresa brasileira lança programa de aceleração de ideias
A Aceleratech dedica-se a apoiar “start-ups” com um programa de aceleração de doze semanas. Primeiro grupo de projectos é escolhido até 2 de Dezembro e empreendedores portugueses podem concorrer
Mike Ajnsztajn procura ideias inovadoras de “start-ups” em que o “talento predomina e onde o empreendedor tem a força e a coragem de transformar o seu sonho numa empresa estruturada e vencedora”. Para isso criou, há quatro meses, a Aceleratech, no Brasil, centrada na área da tecnologia (“e-commerce”, jogos, “mobile”, Internet, e “software as a service”).
Até domingo, 2 de Dezembro, quem tiver um projecto com estas características pode inscrevê-lo através do site desta “aceleradora”, como Mike se refere, em entrevista ao P3. Não há limites de idade para os empreendedores a concurso — “o que importa é o talento e o brilho nos olhos”, diz — e pode ser um grupo apenas com uma ideia ou uma “empresa já estruturada que precisa de se estabelecer ou crescer”.
“Preferimos ‘start-ups’ que tenham dois a três fundadores”, aponta Mike, em que um seja o “visionário que cria a ideia e toca o negócio”, outro um técnico que organize a estrutura digital e, por último, “um comercial que realmente vá atacar o mercado”. “Muitas vezes não se conseguem três fundadores, mas com um técnico e um comercial já podemos acelerar e empreender juntos”, sublinha.
Curso intensivo de empreendedorismo
O prémio para os doze projectos selecionados é “um processo de aprendizagem e investimento” durante doze semanas, em São Paulo, “de meados de Janeiro a final de Abril de 2013”. No caso de portugueses, “poderão voltar a Portugal, se assim julgarem necessário, após o prazo.
A Aceleratech compromete-se a investir oito mil euros nas empresas que daí resultarem, além do apoio dos chamados “mentores especializados na Internet”. A Escola Superior de Propaganda e Marketing do Brasil é parceira em todo o processo, em especial no “curso intensivo de empreendedorismo”.
No final do processo, os participantes apresentam as suas ideias ao mercado financeiro, num “Demo Day”. “A nossa contrapartida é a obtenção de 10% das acções destas empresas”, explica Mike Ajnsztajn. “Seremos sócios de longo prazo.”
“Já tivemos algumas empresas de Portugal que se interessaram e que fizeram a inscrição”, revela o fundador da empresa, que acredita que esta seja uma “grande oportunidade para os empreendedores portugueses”. “O mercado de Internet no Brasil é muito maior do que em Portugal. As ‘start-ups’ portuguesas poderão, então, ter uma presença bi-nacional (...), com um único esforço técnico devido à proximidade cultural”, justifica.
Em 2013 abrem novas inscrições para mais dois grupos, cada qual com doze vagas.