Ordem dos Engenheiros assina protocolos com UMinho e UTAD

Aproximação das instituições quer contribuir para "adequação dos cursos às necessidades do mercado". Está também pensada a criação de um "observatório do engenheiro"

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Ordem já havia assinado protocolo com a Universidade do Porto lauromaia/ Flickr

Sem pôr em causa a “autonomia das universidades”, a Ordem dos Engenheiros (OE) quer constituir com as instituições de ensino superior um binómio que contribua para uma “cada vez maior adequação dos cursos às necessidades do mercado”.

É com essa meta primordial que o bastonário da OE, Carlos Matias Ramos, assina esta quinta-feira um protocolo com a Universidade do Minho e amanhã, sexta-feira, repete a acção com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Esta parceria – que a OE já tinha feito com a Universidade do Porto e que quer fazer com mais universidades e escolas de todo o país – pretende “fortalecer o ensino superior e a Ordem” e dar aos diplomados “mais capacidade para enfrentar as dificuldades que têm pela frente”, explicou o bastonário ao P3.

Mais adiante, a OE quer também apostar na “criação de um observatório do engenheiro, que permita fazer um ‘follow-up’ dos profissionais de engenharia”.

O objectivo é usar a base de dados da OE, “muito vocacionada para o registo das práticas que vão sendo feitas pelos profissionais”, e cruzar essa informação com outra recolhida pelas universidades através de inquéritos a ex-alunos, por exemplo.

Um dos aspectos relevantes é “clarificar o que se pretende do sistema universitário e o que se pretende dos politécnicos”, realça Carlos Matias Ramos: “No presente há pouca diferenciação.”

No caso da Engenharia, o bastonário salienta a existência de “demasiados” cursos, “muitos deles com nomes distintos e que na prática são iguais”. “É preciso clarificar o que se pretende face às necessidades do país.”

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