O Lanterna Verde recrutou um árabe-americano

Tanto o novo super-herói da DC Comics como o seu criador têm ascendência libanesa. Simon Baz usa uma tatuagem no braço com a inscrição árabe "coragem"

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O que é que Geoff Johns e Simon Baz têm em comum? O escritor (e director criativo da DC Comics) como o mais recente super-herói árabe-americano têm um passado comum.

Tanto o herói — que surge num número especial do Lanterna Verde — como o seu criador têm ascendência libanesa, sendo que ambos cresceram num subúrbio de Detroit, onde se estabeleceu uma das maiores e mais antigas comunidades árabes dos Estados Unidos, país que recebeu muitos emigrantes na região ansiosos por trabalharem na então emergente industria automóvel. “Pensei muito nisso e em tudo o que me soava familiar”, contou Johns, 39 anos, à Associated Press.

“Esta é uma história muito pessoal”. Baz, que aos dez anos assistiu através da televisão aos atentados do dia 11 de Setembro de 2001 no World Trade Center, também é um engenheiro desempregado que, por força das circunstâncias, se transformou num ladrão antes de ter sido escolhido pelo poder do anel verde. “Trata-se de criar um super-herói que é diferente de todos os outros no universo DC”, junta Geoff Johns, recordando que a grande maioria dos heróis foram criados entre os anos 40 e 60.

O herói improvável (Baz é o quinto seguidor terrestre do Lanterna Verde; o último, em 1994, tinha sido Kyle Rayner) tem tatuado (e as tatuagens são proibidas pela lei islâmica) num dos braços a palavra “coragem” em árabe.

Refira-se que a DC lançara em 2010 o herói Nightrunner, de ascendência argelina, um ajudante de Batman no combate ao crime, e que a Marvel também tem ao seu serviço a heroína Dust (nome verdadeiro Sooraya Qadir), uma jovem mulher afegã com capacidade de manipular areia.

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