O concurso Mudar o Bairro da Mouraria, promovido pela Associação Renovar a Mouraria e cujas candidaturas estão abertas até 15 de Setembro, quer envolver os que vivem ou trabalham naquela zona histórica de Lisboa na renovação do bairro.
“O grande objectivo deste concurso é envolver a população local no processo de renovação do bairro da Mouraria, permitindo-lhe dar forma a medidas que acham importantes para o seu território”, refere a página na Internet do Mudar o Bairro da Mouraria. As inscrições estão abertas até ao dia 15 de Setembro e a associação garante dar “todo o apoio necessário no preenchimento da ficha de candidatura e concepção do projecto e em todo o processo de implementação do mesmo”.
O concurso destina-se a moradores e trabalhadores do bairro, que devem constituir-se em equipas com um número mínimo de quatro elementos. As propostas apresentadas devem incidir sobre dois eixos: Reabilitação Urbana, que inclui a reparação de estruturas degradadas ou a remoção de ‘graffiti’, e Ambiente e Ecologia, com ideias que incidam na recuperação de parques infantis, jardins e espaços verdes, na criação de hortas pedagógicas ou comunitárias, na implementação de circuitos de manutenção e ciclovias ou na manutenção de áreas públicas e limpeza de espaços devolutos.
Outubro e Novembro: projectos no terreno
No sábado, dia 1 de Setembro, a Associação Renovar a Mouraria promove uma sessão de esclarecimento na Rua da Mouraria, às 11 horas. Os projectos seleccionados serão divulgados a 1 de Outubro e deverão ser executados nos meses de Outubro e Novembro.
O concurso ‘Mudar o Bairro da Mouraria’ é promovido no âmbito do Programa de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria 2012, que envolve as associações locais e visa concretizar vários projectos económicos, sociais e culturais no bairro. A propósito deste programa, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, assinou em Junho com 17 associações - entre elas a Associação Renovar a Mouraria - protocolos no valor de 500 mil euros.
O programa divide-se em quatro grandes eixos: revitalização do tecido económico local, melhoria da qualidade de vida dos idosos, promoção do acesso ao emprego, saúde e cidadania das populações vulneráveis, nomeadamente trabalhadoras do sexo, toxicodependentes e sem-abrigo, e a promoção do fado como factor identitário.