Prémios Mies van der Rohe 2011 vão ter exposição em Cascais
Há três arquitectos portugueses na "short list" do júri do Prémio Mies van der Rohe 2011. Autarquia de Cascais traz a exposição a Portugal pela primeira vez
Souto de Moura, Miguel Arruda e João Luís Carrilho da Graça vão inaugurar a exposição Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia - Mies van der Rohe 2011, em Cascais, no dia 9 de Junho.
Eles são os representantes portugueses, eleitos pelo júri para a “short list”, onde figuram 38 nomes da arquitectura europeia. O britânico David Chipperfield foi o grande vencedor, com o Museu Neues, em Berlim, e os espanhóis Ramon Bosch e Bet Capdeferro receberam a Menção Especial Arquitecto Emergente, com a Casa Collage, em Girona. Em todas as categorias, são 45 as obras disnguidas.
Entre as três portuguesas seleccionadas - a Casa das Histórias - Paula Rego, a Praça D. Diogo de Menezes e a Ponte Pedonal sobre a Ribeira da Carpinteira – três são em Cascais. Foi também por isso que a autarquia decidiu levar à cidade aquele que é “um dos prémios de eleição para a arquitectura a nível europeu”, disse ao P3 Margarida Ventosa, da assessoria de imprensa do evento.
Duas obras distinguidas em Cascais
Depois da inauguração na Casa das Histórias – Paula Rego, a exposição, pela primeira vez em Portugal, segue para o espaço multiusos do Parque Marina Terra, onde fica até 2 de Setembro. Por lá estarão expostas maquetas das obras portuguesas premiadas, painéis de algumas obras, com desenhos e fotografias e três ecrãs onde vão passando entrevistas aos arquitectos vencedores.
A ideia da exposição dos prémios Mies van der Rohe, que premeiam sempre as obras feitas nos dois anos anteriores, é ser “altamente didáctica” e “acessível a todos”, público em geral e arquitectos e estudantes de arquitectura em particular, explica Margarida Ventosa.
Disponível estará também um catálogo com documentação sobre as obras distinguidas e artigos do júri. O prémio Mies van der Rohe é concedido de dois em dois anos e os candidatos ao prémio são nomeados por um vasto grupo de peritos independentes de toda a Europa.
O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi, até agora, o único português distinguido com o galardão máximo, em 1988, na primeira edição destes prémios.