Ediota: uma ideia aberta a novas ideias

E se todas as ideias criativas pudessem ser concretizadas? É este o conceito por detrás da Ediota. Sim, está bem escrito — surge de uma brincadeira com a expressão "edição das ideias"

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Ediota

Querem divulgar a criatividade nacional. O objectivo era (e será sempre) arranjar um meio de concretizar todas as ideias passíveis de serem transformadas em matéria prima. Algo que funcionasse como um "brainstorming", mas que resultasse, de facto, em alguma coisa.

A Ediota — não há aqui gralhas, só "edição de ideias" — surgiu em 2008 e tem uma equipa bastante heterogénea. Entre designers, ilustradores, arquitectos e por aí fora, são no total sete pessoas (ou Ediotas). Marta Nunes, David Duarte, Hugo Duarte, Ana André, Tânia Belo, João Sousa e Hugo Cesário dizem ser os Ediotas. Todos fazem peças personalizadas, num leque que vai desde os crachás, aos cadernos, aos postais, aos bonecos ou às malas.

No entanto, a Ediota não pretende apenas comercializar os produtos. O mais importante é "pegar em cada ideia criativa e torná-la possível", assegura Marta Nunes, ilustradora e uma das fundadoras da Ediota.

A Ediota "acaba por ser um cartão de visita de todas as pessoas que têm boas ideias e não conseguem realiza-las", explica. Qualquer pessoa pode enviar uma ideia ou um trabalho criativo, que pretende ver exposto, mas não sabe como o fazer. A Ediota é precisamente isso: uma plataforma que ajuda a divulgar as ideias criativas que muitas vezes ficam na gaveta.

As ideias também são matéria prima

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Os crachás são a peça mais ediota, assume Marta Nunes Ediota

Enviaram um "briefing" a vários ilustradores: "Façam uma colecção ediota e enviem-nos". O resultado pode ser visto na loja virtual e em algumas lojas como a Águas Furtadas, no Porto, e a Galeria Gabinete, em Penafiel. Têm vindo a colaborar com diferentes ilustradores portugueses e com várias pessoas que unem ideias criativas com o trabalho manual dos membros da Ediota. 

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O difícil seria dizer o que é que não os inspira Ediota

Entre cadernos feitos à mão com ilustrações criativas, bonecos de pano com motivos engraçados ou crachás personalizados, "a peça mais ediota seriam os crachás". Por uma simples razão: "São passíveis de serem transformados em tudo", afirma Marta Nunes

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Os crachás são a peça mais ediota, assume Marta Nunes Ediota

Na Ediota, o difícil seria dizer o que é que não os inspira. No meio de sete pessoas, o "brainstorming" é incontornável e as ideias seriam a própria matéria prima. Se pudéssemos comparar a forma de trabalho da Ediota com alguma coisa, "o Pinterest seria o mais adequado", no sentido em que "colocamos na parede tudo o que nos inspira, até ideias", conta Marta Nunes.

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O difícil seria dizer o que é que não os inspira Ediota

Recentemente, os trabalhos dos Ediotas estiveram expostos no Movimento Largo/dentro de portas. Uma experiência que contribuiu para os trabalhos da Ediota serem conhecidos.

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