A cor, aqui, é o factor-chave. Henrique Pinho, 41 anos, vende bicicletas como se de um acessório de moda se tratasse. Em 2012 lançou a DryDrill, uma empresa sediada na Rua Oliveira Monteiro, no Porto, que personaliza bicicletas Fixie. Mas, atenção: só vende o quadro e as duas rodas. O resto fica por tua conta.
Licenciado em arquitectura, Henrique foi desenvolvendo projectos, nomeadamente no desenho das lojas Salsa, Style Outlet (Vila do Conde) e Tiffosi e não tem dúvidas que foi esse “know-how” que lhe permitiu trilhar o seu próprio caminho no mundo dos negócios.
“Portuense de gema”, diz, Henrique considera-se um cidadão do mundo. As viagens que sempre se habituou a fazer permitiram-lhe reparar em modelos especiais, sobretudo em Berlim e Londres. Nestas cidades, as bicicletas combinavam com a roupa dos donos tal como o sol combina com as Maldivas. Ou a neve com o Monte Branco. Pareceu-lhe, pois, a simbiose perfeita.
Uma bicla para todos os gostos
A DryDrill funciona única e exclusivamente online, pelo que as encomendas têm de ser feitas no site da DryDrill. Aí é possível personalizar toda a bicicleta, desde a forqueta à corrente. Há 12 cores disponíveis e o resultado final do novo “brinquedo” fica imediatamente à vista.
Porém, Henrique só fornece apenas dois elementos - as rodas e o quadro -, tendo os interessados de prosseguir a compra noutros locais como, por exemplo, na Velo Culture, em Matosinhos, onde fazem a curadoria das restantes peças e o serviço de montagem.
Contra a massificação
Uma bicla DryDrill, ainda assim, não é para todos. O quadro e as duas rodas custam cerca de 680 euros, sendo que a compra dos outros elementos, de acordo com a vontade de cada um, poderão perfazer um total de 1300 euros. Mas Henrique garante que “são bicicletas para um nicho de mercado, não são para as massas” É mais ou menos como um relógio: “Todos dão horas, mas é diferente vê-las num Casio ou num Rolex.”
A encomenda é entregue em qualquer morada europeia no prazo máximo de duas semanas e é o próprio Henrique quem se certifica que o produto chega “em condições”, como se fosse para ele.
O objectivo último é chegar à Europa. E mesmo que o projecto não resulte – coisa que não acredita – Henrique ressalva que “não tentar ter sucesso é pior do que falhar”.