Dhar Mann é o leão do reino da "cannabis" e é amigo da lei. O americano, que completa 28 anos em Maio, criou a weGrow, uma empresa que vende “cannabis” para fins medicinais... Mas, acalmem as hostes, o negócio ainda não chegou a Portugal, onde a utilização da substância com aquela finalidade não está regulamentada.
Para além do comércio da planta, a empresa ministra aulas sobre o assunto e vende todos os artigos inerentes à sua plantação, desde as luzes aos fertilizantes, passando pela própria estufa. E a marijuana até é uma uma planta de trato fácil. Segundo Dhar, a que se vende na weGrow não precisa de terra, graças à solução hidropónica, nem de sol – as luzes artificiais são mais do que suficientes.
Em determinados estados dos EUA, qualquer pessoa pode, legalmente, ter “cannabis” em casa, desde que – e voltamos a frisar – seja para fins medicinais. E é precisamente esta finalidade que dá a Dhar o direito de afirmar que este é o “primeiro negócio honesto” do género, já que os outros se “escondem atrás de plantações de tomate”.
Três estados norte-americanos já podem usufruir do tratamento medicinal com marijuana. As duas primeiras lojas abriram na Califórnia, em Oakland e Sacramento (a capital do estado), mas o objectivo de Dhar é tornar a empresa numa verdadeira “indústria”, através do “franchising” no país inteiro. A ideia já valeu à weGrow o título de “Walmart da marijiuana".
Um negócio que rende milhões
Entretanto, dois homens parecem ter acedido ao pedido de Dhar e a weGrow já se foi “plantando” em dois outros estados onde a comercialização de "cannabis" para fins medicinais também é legal. Phoenix, no Arizona, e Washington D.C. foram as cidades escolhidas por Sunny Singh e Alex Wong e, a avaliar pela lei norte-americana, há mais 13 estados onde a empresa poderá florescer.
Em Junho de 2011, Sunny Singh abriu a primeira loja "franchisada", em Phoenix, e seis meses depois já facturara cerca de um milhão de dólares (aproximadamente 800 mil euros). “A América tem de perceber que a marijuana não é uma coisa má, nem pode ser associada a 'hippies', a jamaicanos ou cachimbos de água”, afirma Singh, que prossegue: “85 a 90 por cento das pessoas que entram por aquela porta têm algum tipo de dor ou condição médica que querem tratar”. Os restantes dez a 15 por cento, imaginem vocês.
Dhar Mann só espera que todos os estados norte-americanos aprovem a comercialização da erva, de forma a concretizar aquele que sempre foi o seu primeiro desejo: tratar as enfermidades dos americanos que dela necessitam por razões de saúde. O último talvez seja tratar as da humanidade, internacionalizando-se - à semelhança do que aconteceu com a multinacional fundada por Sam Walton.