Quase 35 mil jovens beneficiaram de um total de 56.4 milhões de euros de subvenções pagas ao abrigo do programa de apoio ao arrendamento Porta 65 desde o seu início, em 2007, segundo um estudo. Datado de Setembro de 2011 e divulgado pelo Instituto de Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o relatório contabiliza 58.829 candidaturas feitas e 40.602 candidaturas que receberam subvenção.
O IHRU indicou que até Abril de 2010 as novas candidaturas preenchiam os requisitos, tendo esse ano registado o pagamento de 19.5 milhões de euros em subvenções. Para 2011, a previsão era gastar 18.2 milhões de euros. O documento sublinha ainda a crescente procura em 2010 e 2011, o que impossibilitou apoiar todas as novas candidaturas submetidas.
Em cada ano são abertos quatro períodos para apresentação de candidaturas com início nos meses de Abril, Setembro e Dezembro que decorrem pelo menos durante 15 dias seguidos, dois dos quais consecutivos em Abril. O apoio é dado como apoio mensal, por períodos de 12 meses, até ao limite de 36 meses, com o valor atribuído a diminuir gradualmente.
Rendimentos entre 727,50 e 1.455
O estudo de caraterização dos beneficiários mostrou que a maioria são jovens que moram sozinhos ou jovens casais, sem dependentes, e entre os 22 e os 30 anos. Como rendimento bruto, os jovens apresentaram entre 727,50 e 1.455 euros mensais e arrendaram casas com três assoalhadas (T2) na Grande Lisboa e no Grande Porto.
Os valores das rendas estiveram entre os 300 e os 400 euros. As prestações mais elevadas, segundo o IHRU, são pagas a agregados com rendimentos mais elevados, por serem os que têm acesso a rendas mais elevadas. Podem ser candidatos à Porta 65 os jovens a partir dos 18 e até aos 30 anos, com rendimentos financeiros definidos por lei. Se for um casal, um dos elementos pode ter até 32 anos.