Carlos Santos é um designer que migrou da moda para o design de interiores. Há quatro anos, o criador de 45 anos abandonou o sector do vestuário para liderar o Design Factory, um gabinete de inovação e design de interiores da RAR Imobiliária. O seu trabalho já lhe valeu o Prémio Europeu de Design.
"[No Design Factory], existe todo um circuito e forma de estar que precisa de um processo de gestão muito sustentado”, diz Carlos Santos ao P3. O gabinete foi criado em 2007 e está sediado no Porto, sendo "pioneiro em Portugal e único naquela área de negócio", refere o designer.
O designer indica o The Oporto Show, uma feira que se realiza de dois em dois anos, como um projecto irreverente.
Em 2008, "fomos lá dizer quase 'realizamos sonhos e concretizamos desejos'" concebendo, por exemplo, uma porta de entrada com oito metros de altura. Em 2010, arrojaram ainda mais através da criação de um espaço exterior espelhado, inócuo, estilo "nave espacial."
Carlos Santos começou pela área da moda, tendo já trabalhado em empresas como a Mantex, a Energie, a Tetribérica - onde trabalhava quando foi distinguido com o Prémio Europeu de Design - ou a Cenoura mas, sobre a passagem da moda para o design, Carlos ressalva que a "profissão é aquela a que dedicamos mais tempo" e, na altura, a área do design de interiores era apenas um passatempo.
Mas, afinal, o que faz um head designer?
Carlos Santos é "head designer" e tem a seu cargo cinco designers de interiores — três permanentes e dois estagiários, através de um protocolo com a Escola Superior de Artes e Design (ESAD).
"Todos os gabinetes têm um responsável pelos conceitos, pelas ideias, pelos projectos, pela equipa", refere o designer. Carlos Santos dirige o grupo e procura apresentar soluções fundamentadas no design e na inovação, mas sempre sustentáveis.
"Não projectamos interiores só pelas tendências." Há uma preocupação em adaptar as tendências ao estilo de vida e necessidades dos clientes.
O Design Factory está agora a desenvolver um projecto para o habitar em que "todos os interiores podem ser alterados", o que se traduz numa solução de paredes móveis, tanto na sua localização, como na sua dimensão.
Notícia corrigida às 18h01