Os jovens portugueses contam, a partir desta quarta-feira, com um “livro branco” onde depositar propostas de acção para a área da juventude. A iniciativa é da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, promotora da nova plataforma online que visa garantir a participação cívica dos mais novos nos processos de tomada de decisão.
Educação, emprego, saúde e inclusão social são algumas das áreas do “Livro Branco da Juventude” que aguardam o contributo dos jovens. Para participar basta aceder ao site do Instituto Português da Juventude e apresentar sugestões, individualmente ou como associação, que possam dar resposta às aspirações da juventude em Portugal. Um projecto que, afirmou o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, quer “garantir que o jovens se façam ouvir”, para que se tornem “agentes da mudança”.
O Secretário de Estado reforçou ainda as “metas bem definidas” que visam não só uma “inventariação” de propostas mas também “efeitos práticos” na vida política do país. De acordo com Alexandre Mestre, o que se pretende contrariar é o actual cenário de inevitabilidade que se traduz num “défice de auto-estima” nos jovens. Opinião partilhada pelos embaixadores do Ano Internacional da Juventude presentes no lançamento da plataforma, que sublinharam a responsabilidade dos mais novos enquanto cidadãos capazes de intervir na sociedade.
Não subestimar os jovens
“Não subestimar aquilo que o Governo pode fazer pela juventude e o que a juventude pode fazer pelo mundo” foi a mensagem deixada João Brites, embaixador da juventude e um dos seis representantes da juventude no encontro anual no Fórum Económico Mundial em 2010.
A transversalidade da plataforma foi um dos pontos fortes apontados por João, corroborado pela também embaixadora da juventude Andreia Henriques. A coordenadora da Bolsa de Formadores no Conselho Nacional de Juventude referiu-se à relevância de projectos como este para uma democracia representativa real.
A mensagem de encerramento da sessão de lançamento da plataforma, transmitida por Alexandre Mestre, foi do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas – o que o “Livro Branco da Juventude” vem dar é “uma chapada de luva branca a quem acha que os jovens estão conformados”, assegurou.