Amor, igualdade, união, justiça e paz. Estas foram algumas das palavras de ordem que andaram na boca de toda gente e que foram cantadas por Nneka, ontem, no Hard Club, no Porto.
A sala de espectáculos do antigo mercado Ferreira Borges recebeu tanto os fãs da cantora como os curiosos, na expectativa de conhecerem as músicas do novo álbum da cantora nigeriana.
Sem dirigir qualquer palavra ao público, Nneka arrancou o concerto com duas músicas do seu novo álbum, “Soul is Heavy”, lançado no início de Outubro.
Nneka aproveitou “ V.I.P”, música do novo álbum, para explicar que o tema não se refere a uma qualquer "very important person", mas que é sim uma alusão a "vagabond in power", confessando a sua admiração por Fela Kuti, igualmente nigeriano, e que foi o pioneiro do estilo "afrobeat" e uma personalidade inspiradora para a cantora.
Durante o concerto, Nneka interagiu com a assistência, incentivando-a a participar nas músicas, mas também apelando à sua consciência moral, com base no “amor ao próximo e ao respeito pelos direitos humanos”.
Os solos de guitarra e o desempenho dos elementos da banda foram, também, relevantes para a actuação de Nneka que, num estilo descontraído, se aproximou do público e transmitiu um pouco da sua cultura e raízes africanas.
A "performance" da cantora, marcada pelos ritmos e influências do "afrobeat", "reggae", "soul" e "hip-hop" e pela forte componente interventiva das suas músicas, culminou com o êxito de 2008, "Heartbeat", a sua música mais conhecida e que impulsionou sua carreira.
De acordo com declarações do manager da cantora ao P3, a cantora vai continuar em digressão, tendo planeados 40 concertos pela Europa, África e América do Sul.
