A filosofia é diferente mas o resultado é o mesmo: em Berlim há vários cafés e restaurantes em que não há preço fixo. Nuns a ideia é que se pague o que se acha que vale o serviço, sem indicação nenhuma de preço; noutros há um leque de preços e a ideia é que quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos.
Entra-se no Perlin e dá-se um euro para um mealheiro que é uma cara de madeira, de língua de fora, estendida. A moeda cai com estrondo e a partir daí é-se convidado a levar um copo e provar os vinhos em exposição.
Pode-se também comer uma refeição. Ao sair, deixa-se numa grande taça de vidro vermelha o pagamento. Não há preços fixos, ninguém faz contas, nem sequer uma pista, uma indicação. Paga-se o que se quiser.
Sem menu, sem preços
??O Perlin faz parte de um grupo de três bares-restaurantes perto da Zionskirche, não muito longe da Rosenthaler Platz, em Berlim. Todos têm o mesmo conceito: não há um menu, não há tabelas de preços e as pessoas pagam o que acham que a refeição valeu.??
Entro no Perlin num dia de chuva, cedo. Como não reservei mesa, seria complicado chegar mais tarde. O restaurante-bar ainda está quase vazio, as velas ainda estão a ser acesas, mas já está um ambiente acolhedor.
Espero para ser atendida e recebo a explicação sobre o modo de funcionamento - um euro de depósito para o copo, e a partir daí posso comer e beber e pagar o que achar que é justo. Há alguma indicação de preço?, pergunto. "Nenhuma." Nenhuma linha de orientação? Nenhum valor mínimo? "Não."
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