A curta-metragem “Conto do Vento”, de Cláudio Jordão e Nelson Martins, foi considerada a melhor em competição no MOTELx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa.
Segundo um comunicado do júri, “Conto do Vento” foi a curta-metragem escolhida entre 12 concorrentes nacionais porque inclui “uma história criativa, um ponto de vista original e sensibilidade artística em retratar uma fábula sobre uma menina e a sua mãe numa sociedade preconceituosa, contada pelo vento”.
Os realizadores Cláudio Jordão e Nelson Martins falaram à agência Lusa antes do início do festival – que decorreu nos últimos cinco dias, no Cinema São Jorge, em Lisboa – sobre a sua “história de embalar com meninos e meninas, velhos e velhas, fogueiras e monstros, mortes e gritos”.
“Haver sítio para mostrar os filmes é um primeiro passo para potenciar a produção” de cinema de terror em Portugal, disseram, na altura, Cláudio Jordão e Nelson Martins, referindo-se ao MOTELx.
O terror não é redutor
Ambos disseram também não ter dúvidas de que haja público para ver horror. “Há muitas pessoas, nas quais eu me incluo, ou me incluía, que dizem à partida que não gostam de terror, porque vêem o terror de uma forma muito redutora”, realçou Nelson Martins.
O júri – composto pelo realizador Frederico Serra, por Christian Hallman, membro da direção da Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico, e por Tiago Matos, sound designer da Obvio Som, parceiro do MOTELx, que à ultima hora teve de substituir Nicolau Breyner – decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a “Banana Motherfucker”, de Pedro Florencio e Fernando Alle.
De acordo com o mesmo comunicado, a menção honrosa foi atribuída ao filme por se “destacar dos outros na competição, pelo ‘timing’ humorístico, pela originalidade e pela comédia física, pegando num fruto diário e transformando-o numa máquina de matar malvada”.
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