O futuro das compras online está nos 'smartphones'
"Grande revolução" vai ser fazer compras online sem usar cartão, apenas o telemóvel
O público que compra online é "tendencialmente pertencente a uma classe socioeconómica alta ou médio-alta", diz Manuel Paula, da Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva (ACEPI). Apesar dos resultados positivos no comércio electrónico, Portugal ainda tem algum caminho a percorrer, esperando-se um crescimento a curto, médio e longo prazo, que passará, certamente, pelo sector "mobile".
"É seguramente uma área de grande potencial. Os aparelhos, como os 'smartphones' e os 'tablets', permitem o acesso à internet onde se quiser e quando se quiser", diz Manuel Paula.
"A grande revolução vai ser quando facilitarem o pagamento com o recurso directo ao telemóvel, em que a transacção seja facilitada através das próprias companhias e uma pessoa não tenha de usar o cartão", explica Quelhas Brito. E isto não é o futuro. Afinal, o Google Wallet já foi lançado.
Estranha forma de vida 'always on'
A actual conjuntura económica também estimulou o crescimento de sites de trocas, que permitem "grandes oportunidades de compra a preços muito económicos". Por outro lado, também marcas offline começam a investir no online. "É o caso da Fnac, por exemplo, com descontos de 40 ou 50% durante 24 horas só no site", evidencia Quelhas Brito.
Este investimento no mercado online vai disseminar-se por outros sectores, prevê Manuel Paula. "Não é apenas o comércio que passará cada vez mais pela internet, mas também o acesso à informação, ao lazer ou ao convívio. Para os jovens, esta forma de vida assente no digital, quase 'always on', é natural porque responde eficazmente à satisfação de muitas das suas necessidades."