Há mais jovens a considerar que a leitura é importante para a sua vida pessoal. Em 2007, entre os que tinham 15 a 24 anos, 30,6% consideraram-na "muito importante".
Em Março de 2011, neste grupo etário, já eram 52,4% os que afirmaram o mesmo. Este aumento da ordem dos 20 % regista-se entre o primeiro e o quinto ano de vigência do Plano Nacional de Leitura (PNL), frisa-se no relatório de avaliação externa daquele programa, que será hoje apresentado em Lisboa.
Os resultados do último Barómetro de Opinião Pública PNL, com um inquérito desenvolvido em Março passado junto de uma amostra de 1257 indivíduos, mostram que é no grupo dos 15 aos 24 anos que se registou um maior aumento entre aqueles que consideram a leitura "muito importante" para a sua vida pessoal.
A avaliação externa do plano é feita por uma equipa do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, coordenada por António Firmino da Costa. O primeiro estudo de avaliação foi divulgado em 2008.
Mais actividades envolvendo a leitura
O incremento das actividades do PNL no 3.º ciclo, desenvolvido a partir de 2008, é apontado neste estudo, a que o PÚBLICO teve acesso, como um dos "factores que terão contribuído para a melhoria das competências de literacia dos alunos portugueses" revelada nos últimos testes do PISA, realizados em 2009. O PISA é um programa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que visa medir as competências de literacia dos alunos de 15 anos.
O PNL foi lançado, pelos ministérios da Educação e da Cultura, no ano lectivo de 2006/07 e completa agora a sua primeira fase. O actual secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, considera que o plano deve ser revisto.
A sua acção prioritária é a promoção da leitura entre o público escolar, o que tem sido feito sobretudo através da leitura orientada em sala de aula. No relatório indica-se que esta actividade tem uma adesão de 99% nos agrupamentos e escolas do 1.º e 2.º ciclo. No 3.º ciclo passou de 80% para mais de 90% entre 2008 e 2010.
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