Quando Vale e Azevedo obrigou os jogadores do Benfica a pedir desculpa

A derrota por 7-0 com o Celta de Vigo levou o presidente do Benfica na altura a exigir um pedido de desculpas do plantel.

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Vale e Azevedo obrigou os seus jogadores a pedirem desculpas públicas Carlos Lopes/PÚBLICO

A noite de 26 de Novembro de 1999 tinha sido um pesadelo. Em Vigo, no estádio dos Balaídos, o Celta destroçou o Benfica na terceira eliminatória da Taça UEFA, derrotando os “encarnados” por 7-0, naquela que foi (e continua a ser) a maior derrota do clube da Luz nas competições europeias. À saída do recinto galego, já depois de ter ido ao balneário, Vale e Azevedo culpabilizou os jogadores por aquilo que considerou “uma humilhação para todos os benfiquistas” e prometeu para o dia seguinte “medidas”.

No dia seguinte, já na Luz, João Vieira Pinto, na qualidade de capitão de equipa, com Paulo Madeira, sub-capitão, ao seu lado, deslocou-se à sala de imprensa e leu em menos de um minuto, com a voz tremida, aos jornalistas, uma declaração “assinada por todos os jogadores” na qual estes pediam desculpa aos adeptos. No texto, os atletas reconheciam que não tinham estado “à altura dos pergaminhos do clube” e prometeram “redobrar o empenhamento”.

Mas Vale e Azevedo fez mais. Deu ordens para que o treino da equipa fosse aberto aos sócios, que assim se transformou num inferno para os atletas. Os adeptos estavam sentados no topo sul do Estádio da Luz e os jogadores treinaram-se precisamente desse lado, sendo obrigados a, durante a hora que a sessão orientada pelo técnico alemão Jupp Heynckes durou, escutarem os impropérios e as vaias dos indignados adeptos.

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