Elon Musk quer refúgios em Marte e testar voos interplanetários em 2019
O fundador da Tesla e da SpaceX diz que é preciso construir refúgios noutros planetas para salvar a humanidade de uma “idade das trevas”.
A SpaceX do multimilionário Elon Musk, que lançou um foguete poderoso em direcção a Marte em Fevereiro, poderá vir a fazer voos de teste interplanetários em 2019, com o objectivo de assegurar a sobrevivência da espécie humana. Quem o diz é o próprio empresário de origem sul-africana, que adquiriu a nacionalidade canadiana e norte-americana e que é o fundador da Tesla, que disse, numa conferência no Texas, que este foguetão com cápsula poderá realizar “voos curtos, de ida e volta, provavelmente já no primeiro semestre” de 2019.
O objectivo a longo prazo desses projectos é a construção de bases na Lua ou em Marte, o que poderia garantir a sobrevivência da espécie humana e, assim, promover a sua regeneração na Terra, no caso de uma terceira guerra mundial, disse o miltimilionário, nessa conferência, realizada em Austin, onde está a decorrer o conglomerado de festivais South by Southwest (SXSW), que inclui cinema, música, media interactivos e conferências.
“É provável” que a humanidade possa enfrentar uma “era das trevas”, prossegiu Musk, “especialmente se acontecer uma terceira guerra mundial”. “Queremos garantir que o Homem permaneça noutro lugar (para além da Terra) como uma semente da civilização humana, para que possa trazer de volta a civilização e talvez diminuir a duração da idade das trevas”, argumentou. Nesta perspectiva, “uma base lunar e uma base marciana, que poderiam talvez ajudar a regenerar a vida aqui na Terra, seria realmente importante”.
Aos 46 anos, Elon Musk é um dos empresários inovadores mais badalados nos Estados Unidos, onde vive. O foguetão espacial Falcon Heavy, considerado “o mais poderoso do mundo”, descolou com sucesso, a 6 de Fevereiro, da Florida, levando a bordo um carro eléctrico, o roadster vermelho do próprio fundador da Tesla.
Outra das suas inovações para reduzir o custo dos voos espaciais, que visam levar seres humanos a Marte até 2024, é conseguir reutilizar os foguetões de propulsão que voltam à Terra em perfeitas condições de reutilização. Musk já tinha anunciado que, no final de 2018, enviaria dois turistas para visitar a Lua, seguindo os passos das famosas missões Apollo realizadas pela NASA entre 1960 e 1970.