Outras polémicas nas Forças Armadas alemãs
Recrutamento de menores, morte por golpe de calor e um plano da extrema-direita.
Aumento do recrutamento de menores
O Governo admitiu no início do ano que as Forças Armadas estão a recrutar cada vez mais menores – 2128 recrutas, o triplo do número de 2011, quando o país acabou com o serviço militar obrigatório. O Ministério da Defesa explicou que estes recrutas tinham 17 anos e só eram admitidos com permissão dos pais. Estes menores são ainda sujeitos a protecção especial, por exemplo não podem ser deslocados para quaisquer operações que possam requerer que usem armas.
Morte por golpe de calor em exercício
Em Junho de 2017, em Münster (Noroeste da Alemanha), quatro soldados desmaiaram durante um exercício militar, e um deles acabou por morrer vítima de golpe de calor. Um relatório preliminar disse que houve várias decisões não adequadas e quebras de protocolo, e um “vazio de supervisão” por muitos dos oficiais responsáveis estarem de férias. A ministra da Defesa pediu um relatório completo mas ainda não se conhece o seu resultado.
O misterioso plano da extrema-direita
Uma história rocambolesca de um militar que se inscreveu num abrigo como refugiado sírio, e que poderia estar a preparar um ataque para que as culpas recaíssem sobre refugiados, foi descoberta no final de Abril. Acabou com a investigação alargada às potenciais inclinações nazis de alguns soldados e uma ligação reverencial à Wehrmacht, o exército de Hitler. O Exército foi acusado de ser “cego do olho direito”, ou seja, de desvalorizar estas inclinações de alguns militares.