Ruben Semedo em prisão preventiva por tentativa de homicídio e outros cinco crimes
O jogador do Villarreal foi ouvido esta manhã. O juiz decidiu aplicar-lhe a medida de coacção máxima.
Ruben Semedo, detido na madrugada de segunda-feira para interrogatório, fica em prisão preventiva em Espanha a aguardar julgamento. O jogador português do Villarreal foi ouvido esta quinta-feira por um juiz no Tribunal de Líria que decidiu que este deveria permanecer em prisão preventiva, sem possibilidade de pagamento de fiança.
O jogador é acusado da autoria de vários crimes, entre os quais tentativa de homicídio. Responde ainda pelos crimes de sequestro, agressões, ameaças, tentativa de roubo e posse ilegal de armas.
Bebiano Gomes, advogado do jogador, disse à Lusa que foi aplicada a medida de coacção mais gravosa, a prisão preventiva, “com o fundamento de perigo de fuga”. Segundo a mesma fonte, o jogador irá recorrer da decisão.
Tudo terá acontecido na casa de Ruben Semedo, num condomínio de luxo em Bétera, onde o jogador, de acordo com a investigação do jornal Las Provincias, dava festas privadas, com várias pessoas a entrarem e a saírem. O jornal espanhol conta que a alegada vítima apresentou queixa numa esquadra em Valência dizendo que foi agredida, roubada e impedida de sair da casa pelo jogador e por mais dois homens.
A vítima diz que os homens lhe roubaram as chaves de casa, onde entraram para lhe levarem dinheiro e alguns bens que poderiam incriminar o trio — sem, no entanto, a notícia dar conta do que se poderia tratar. Conta ainda a vítima que foram disparados dois tiros como ameaça.
Na altura da queixa, o homem apresentava contusões e um ferimento no tornozelo que lhe dificultavam a locomoção. Na polícia acabou por identificar os agressores como Ruben Semedo e um primo do jogador.
A braços com o problema em tribunal, o português tem também agora um problema profissional. O Villarreal informou, em comunicado, que abriu um processo de averiguação do que se passou e que “tomará as medidas disciplinares oportunas com o máximo rigor e contundência, tendo em conta a gravidade dos actos sucedidos”.
Já esta terça-feira, em declarações à TSF, o empresário do jogador, Cátio Baldé, defendia a ideia que Ruben Semedo tinha sido “vítima de uma burla”. Contudo, admitia a possibilidade de o jogador ter “reagido fora do âmbito da lei, daquilo que é legal, se é que aconteceu”.
As outras duas denúncias que levaram a que fosse ouvido pela Guardia Civil desde que foi para Espanha, saído do Sporting, aconteceram por incidentes à saída de uma discoteca, em Outubro e Novembro do ano passado, quando o jogador estava de baixa por lesão. Das duas vezes, Semedo foi detido,mas acabou por sair horas mais tarde.