Arrendamento a universitários em Portugal cresceu 37% em 2017
Relatório da plataforma online Uniplaces revela que 82% das reservas foram feitas por estudantes internacionais, sobretudo da Europa. Renda média é de 449 euros. Em Lisboa arrendamento custa mais 120 euros do que no Porto.
As rendas por quarto feitas a universitários em Lisboa são em média 120 euros mais caras do que no Porto, segundo o relatório de 2017 da plataforma online Uniplaces, divulgado nesta terça-feira, que revela ainda um aumento de 37% das reservas face a 2016.
Do total de reservas realizadas ao longo de 2017, "82% foram feitas por estudantes internacionais, maioritariamente de países da Europa", avançou a Uniplaces, indicando que a renda média mensal no último ano foi de 449 euros, "o que se traduz num aumento de 34 euros em comparação com o ano anterior".
De acordo com dados do Relatório do Mercado de Arrendamento a Estudantes 2017 em Portugal, as reservas de quartos ou apartamentos em Portugal, através da Uniplaces, registaram "um aumento de 37% face a 2016, com uma duração média de estadia de 5,6 meses, o equivalente a um semestre".
Em Lisboa, as reservas verificaram um aumento de 32% em 2017 face a 2016, números que reflectem o crescente número de estudantes em mobilidade em Portugal, que "duplicou desde 2010".
Neste sentido, a disparidade entre a oferta e a procura influencia o aumento das rendas em Lisboa, apontou a plataforma de arrendamento a universitários.
"A procura dos estudantes continua a ser maioritariamente por um quarto privado, em casa partilhada, com Arroios a destacar-se como a zona mais popular, e a apresentar uma renda média mensal de 333 euros", afirmou a Uniplaces, tal como o PÚBLICO já tinha avançado.
Em relação ao Porto, houve um crescimento de 55% nas reservas efectuadas na plataforma. Paranhos é a zona da Invicta que apresentou uma maior procura, "com uma renda média mensal de 250 euros, valor que diminuiu sete euros em comparação com o ano anterior".
Há mais senhorios na capital (80%) a incluir despesas como a água, gás e eletricidade na renda mensal, em comparação com os proprietários e senhorios da zona norte do país (apenas 56,5% dos senhorios do Porto incluem estas despesas nas rendas apresentadas), conclui ainda.
Relativamente à origem das reservas em Portugal, 82% foram feitas por estudantes internacionais, provenientes de "mais de 100 países", em que se destacam os universitários de nacionalidade brasileira, adiantou a Uniplaces, advogando que "as propinas reduzidas, o custo de vida baixo em comparação com outros países da Europa e o clima ameno foram alguns dos motivos que levaram a que tantos jovens selecionassem o nosso país para estudar".
"O propósito da estadia foi maioritariamente no âmbito de uma licenciatura (46,5%) ou de uma pós-graduação (38,6%)", informou a plataforma online de arrendamento a estudantes universitários.