Mão Morta e Lulu Blind com edições especiais para o Record Store Day
Os álbuns de estreia dos Mão Morta e dos Lulu Blind vão ser reeditados, em edições comemorativas, à boleia das celebrações do Record Store Day, a 21 de Abril, revelou esta terça-feira a Rastilho Records.
De acordo com a Rastilho Records, dos Mão Morta será reeditado o primeiro registo, homónimo, que o grupo lançou no Verão de 1988 pela Ama Romanta, e que incluía temas como E se depois e Oub'lá.
Na altura, além de Adolfo Luxúria Canibal e Miguel Pedro - que permanecem até hoje -, os Mão Morta integravam Carlos Fortes, Joaquim Pinto e Zé dos Eclipses. Na biografia oficial na Internet, os Mão Morta recordam que, em 1988, viviam um momento de culto, conquistado pouco antes pelas "performances e carisma de Adolfo Luxúria Canibal". Na altura, o grupo assegurou a primeira parte de concertos de nomes como Nick Cave & The Bad Seeds, Wire e Jesus & Mary Chain.
Ao longo de 2018, numa altura em que os Mão Morta preparam um novo disco, a Rastilho Records planeia ainda reeditar os álbuns Corações Felpudos (1990) e O.D., Rainha do Rock & Crawl (1991).
Para o Record Store Day, a editora sediada em Leiria assinalará ainda os 25 anos de Dread, primeiro álbum dos Lulu Blind, grupo rock que durou cerca de uma década e do qual fizeram parte nomes como Tó Trips, mais tarde fundador dos Dead Combo, Pedro Filete, Jorge So What e Samuel Palitos, baterista dos Censurados, actualmente n'A Naifa, entre outros. Produzido por Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés falecido em Novembro, Dread é "um disco cru, inocente e visceral que retrata fielmente os primeiros anos de uma banda em ascensão", escreve a Rastilho.
No ano em que editaram Dread, os Lulu Blind andaram em digressão como banda de suporte dos Xutos & Pontapés. Antes de se separarem, em 2001, ainda editaram Blast (1995) e Foge de ti (2001).
O Record Store Day é uma iniciativa internacional criada em 2007 para celebrar e promover a edição discográfica e as lojas de música independente. A celebração é feita em vários países com edições discográficas raras e especiais, a maioria em vinil, e com uma maior divulgação de um trabalho de proximidade das pequenas lojas de discos com os consumidores.