A Juventude Social-Democrata (JSD) defende, na moção temática que propõe ao XXXVII congresso, que o PSD deve apresentar uma agenda focada na gestão dos fundos comunitários e no conhecimento como forma de reforçar a coesão territorial.
“Portugal precisa de se reinventar, garantindo a sustentabilidade dos territórios e das novas gerações. É aqui, na resolução dos problemas concretos que o PSD se deve apresentar com uma agenda capaz, um discurso claro e uma vontade férrea”, lê-se na moção que recupera a palavra "reinvenção", presente no discurso de Ano Novo do Presidente.
Na agenda que o PSD deveria apresentar em 2018, a JSD considera que devia passar por uma maior autonomia de comissões de coordenação e desenvolvimento regional na gestão dos fundos comunitários bem como de outras entidades intermunicipais. Em causa está a necessidade de reforçar a coesão territorial, um conceito que a JSD diz ainda estar em construção. O relatório europeu mais recente sobre a coesão, citado na moção, reconhece que "as disparidades regionais no PIB per capita permanecem pronunciadas, o que reflecte a intensa concentração de crescimento em áreas metropolitanas."
Na área do conhecimento e da digitalização, a JSD defende o desenvolvimento de uma agenda nacional para a valorização económica destas matérias e a definição de planos de desenvolvimento regional que passem por aplicar estratégias da especialização inteligente.
Leiria defende primárias
Com o título “Afirmar uma alternativa reformista para o Portugal do século XXI”, a moção temática da distrital de Leiria apresenta várias propostas para uma reforma do sistema político: a criação dos círculos uninominais, a discussão sobre a redução de deputados, a introdução do voto preferencial e a limitação de mandatos dos deputados.
A distrital de Leiria, liderada por Rui Rocha, que é apoiante de Rui Rio, defende ainda que o PSD deveria ponderar o modelo das eleições primárias para a escolha dos candidatos como forma de motivar a participação dos militantes na vida interna do partido. A moção pretende ainda que seja extinta a figura do “militante suspenso” que acontece quando as quotas não são pagas durante dois anos.