Roger Federer chega às 30 finais do Grand Slam

Diminuído fisicamente, Hyeon Chung foi incapaz de travar o suíço nas meias-finais do Open da Austrália.

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LUSA/NARENDRA SHRESTHA

São 30 e podem ser 20. A certeza é que Roger Federer vai disputar a sua 30.ª final em torneios do Grand Slam, em Melbourne. Frente a Marin Cilic, o suíço de 36 anos tem a possibilidade de conquistar o sexto título no Open da Austrália — e igualar os recordistas Roy Emerson e Novak Djokovic — e, acima de tudo, o 20.º em majors. Depois de ultrapassar mais uma futura estrela, Federer confirma o favoritismo e que a idade não lhe pesa.

A tarefa de Federer na meia-final ficou facilitada quando Hyeon Chung se retirou, quando liderava por 6-1, 5-2. “Esta [vitória] tem um sabor agridoce. Estou mesmo feliz por estar na final, mas não desta forma”, revelou o número dois mundial, antes de acrescentar: “Tenho de admitir que sabem bem estes encontros mais rápidos, porque o corpo já está suficientemente dorido e desgastado nesta altura.”

Sob o tecto da Rod Laver Arena, em virtude da chuva, Federer foi sempre superior a Chung, surpreendente semifinalista, depois de deixar pelo caminho, entre outros, o hexa-campeão Djokovic e o actual número quatro do ranking, Alexander Zverev. Embora só tenha colocado 32% de primeiros serviços, os três breaks de Federer marcaram a diferença entre ambos no set inicial.

No segundo set, o suíço adiantou-se para 3-1 e, após o quinto jogo, Chung recebeu assistência por causa de uma bolha no pé esquerdo. Diminuído fisicamente e sem conseguir impor-se com o serviço ou no jogo do fundo do court (19 pontos ganhos em 51), o sul-coreano de 21 anos acabaria por abandonar, ao fim de 1h02m. “Penso que vai ter muito sucesso. Fiquei muito impressionado”, elogiou Federer. Depois da prestação na Austrália, Chung tem garantida a subida do 58.º para o 29.º lugar do ranking,

Na final de domingo, uma reedição da de Wimbledon, no último Verão, Federer vai reencontrar Cilic (6.º no ranking), com quem só perdeu uma vez em nove duelos: nas meias-finais do Open dos EUA, de 2014, a caminho da conquista do único título do Grand Slam do croata.
“Sem dúvida que o facto de ele ter conquistado o Open dos EUA lhe deu uma grande crença, de que, quando chegam os grandes momentos, ele consegue atingir o seu nível. Gosto da sua atitude, muito profissional. No court, é um vencedor”, frisou Federer.

Na manhã de sábado (8h30), as duas primeiras jogadoras do ranking mundial discutem o título feminino. Simona Halep, actual líder, e Caroline Wozniacki vão decidir quem irá comemorar o seu primeiro título do Grand Slam, com o bónus de sair de Melbourne no primeiro lugar da hierarquia.
 

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