Montepio: Carlos Costa ouvido no Parlamento sobre entrada da Santa Casa

A audição de Carlos Costa, agendada para 31 de Janeiro, foi hoje aprovada pela comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social

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Governador do Banco de Portugal vai à AR por requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do CDS-PP LUSA/MIGUEL A. LOPES

O governador do Banco de Portugal (BdP) vai comparecer no dia 31 na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social para esclarecer os deputados sobre a hipótese da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do Montepio Geral.

A audição de Carlos Costa foi aprovada esta quarta-feira, 24 de Janeiro, pela comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social.

Os deputados da comissão de Trabalho e Segurança Social apreciaram e votaram hoje um requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do CDS-PP para audição de Carlos Costa, com carácter de urgência, para que o governador preste todos os esclarecimentos sobre os contornos que envolvem a hipótese da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, foi ouvido na mesma comissão parlamentar, há uma semana, sobre a possibilidade de a SCML poder vir a ser accionista do Montepio.

Antes, foi ouvido no parlamento, sobre o mesmo assunto, o actual provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, que afirmou que ainda nada estava decidido sobre a entrada no capital do Montepio e que decorriam estudos de avaliação do banco.

A Caixa Económica Montepio Geral é detida na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral.

O banco mutualista está num período de mudança dos estatutos e da sua equipa de gestão, tendo a Associação Mutualista anunciado a entrada de Nuno Mota Pinto para presidente do banco, lugar ainda ocupado por Félix Morgado.

Ao PÚBLICO, na entrevista publicada a 6 de Dezembro, Edmundo Martinho, provedor da SCML, afirmou que embora o valor ainda não estivesse definido, seria “até 10%” o capital do Montepio a deter, caso a Santa Casa se tornasse accionista do banco, e que “o limiar máximo do investimento não ultrapassará os 200 milhões de euros”.