Selecção portuguesa fará estreia na Liga das Nações contra a Itália
Sorteio da nova competição da UEFA colocou Portugal no Grupo 3 da Liga A, o primeiro escalão da prova, com Itália e Polónia. Jogos vão ser disputados entre Setembro e Novembro deste ano
Por ser cabeça-de-série Portugal já sabia que evitava alguns dos adversários mais fortes no sorteio da Liga das Nações, mas por estar integrada na Liga A, que corresponde ao lote das 12 selecções mais cotadas na tabela de coeficientes da UEFA, a equipa portuguesa também sabia que inevitavelmente iria ter de enfrentar nomes de respeito. O sorteio realizado em Lausanne, na Suíça, “poupou” o conjunto de Fernando Santos ao grupo temível que estava a desenhar-se com França e Holanda, tendo juntado a selecção nacional com Itália e Polónia.
“É um sorteio com um grau de dificuldade elevado. Já conhecemos bem a Polónia, depois de os termos defrontado nos quartos-de-final do Campeonato da Europa. É uma equipa que tem jogadores de enorme qualidade e que tem vindo a subir muito. A Itália é talvez o adversário que ninguém desejaria. Ficou fora do Mundial e obviamente vai pôr tudo o que tem nesta Liga das Nações. Vai querer mostrar a potência do futebol italiano. Iremos entrar com grande vontade e determinação para tentar vencer os jogos”, garantiu o seleccionador nacional, em declarações reproduzidas pela Federação Portuguesa de Futebol. A selecção vai estrear-se na Liga das Nações no dia 10 de Setembro, quando receber a Itália. Um mês depois visita a Polónia, e para Novembro estão marcadas a deslocação a Itália e a recepção aos polacos.
O Grupo 1 da Liga A é aquilo que poderia definir-se como “grupo da morte” – Alemanha, França e Holanda vão defrontar-se, com a certeza de que uma destas selecções será despromovida à Liga B na segunda edição da Liga das Nações, em 2020. “Vai ser super-interessante. Holanda e França são nossos vizinhos e têm uma cultura e história futebolística ricas. Gosto da ideia de termos menos jogos particulares e mais jogos competitivos. Agora temos uma competição na qual se pode ganhar alguma coisa ou ser despromovido”, salientou o seleccionador alemão, Joachim Löw, citado pela UEFA. “Sabíamos que teríamos de enfrentar equipas de topo. Vão ser bons jogos – é disso que esta competição trata. Vai ser bom para as selecções grandes e pequenas”, corroborou Didier Deschamps, técnico francês.
Das equipas qualificadas para o Mundial 2018, a Sérvia é aquela com posicionamento mais baixo na Liga das Nações – ficou colocada na Liga C, tendo ficado agrupada com dois vizinhos (Roménia e Montenegro) e ainda a Lituânia. “Não é um sorteio bom nem mau. Não temos adversários fáceis, mas para ser honesto preferia ter calhado com equipas diferentes, por exemplo Escócia ou Finlândia. Em todo o caso, é melhor disputar jogos competitivos do que amigáveis, e ter a hipótese de qualificação [para o Euro 2020] é uma boa motivação”, admitiu o seleccionador lituano e ex-futebolista do Benfica, FC Porto e Belenenses, Edgaras Jankauskas.
No escalão mais baixo da Liga das Nações as razões de queixa são das selecções que ficaram colocadas no Grupo 1, particularmente Andorra: os adversários da equipa do principado são a Letónia, Geórgia e Cazaquistão, o que implicará viagens consideravelmente longas para os andorranos. E, a julgar pelo passado, sem grandes probabilidades de sucesso. Andorra nunca defrontou a Geórgia e perdeu os jogos que disputou com Letónia e Cazaquistão.