Grandes incêndios de 2017 afectaram mais de dez mil postos de trabalho

Um total de 8838 pessoas ficaram desempregadas por as empresas que as tinham contratado terem ficado sem capacidade produtiva.

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Adriano Miranda

Os incêndios de Junho e de Outubro deixaram sem trabalho quase dez mil pessoas. O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou apoios para garantir a manutenção de 1959 postos de trabalho e encaminhou para acções de formação 8838 pessoas que ficaram desempregadas por as empresas que as tinham contratado terem ficado sem capacidade produtiva.

O tema faz a manchete do Diário de Notícias e é também desenvolvido pelo Jornal de Notícias com base em números avançados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

As chamas que devastaram dezenas de concelhos nos dias 15 e 16 de Outubro tiveram mais consequência a este nível: levaram o IEFP a garantir 1807 de empregos, o que engloba um apoio de cerca de 5 milhões de euros. Os incêndios de Junho implicam a protecção de 152 postos de trabalho, o que custa 738 mil euros.

De acordo com a mesma fonte, na sequência dos incêndios de Outubro, 8604 desempregados foram encaminhados para acções de formação. Já na sequência dos de Junho, outras 234. Há ainda 1041 pessoas abrangidas por medidas activas de emprego, 85% das quais vítimas dos sinistros de Outubro. O processo ainda não está fechado. O IEFP continua a receber e a avaliar candidaturas.

Segurança Social prestou 7400 atendimentos

Outros dados vieram a público, a tempo de assinalar os três meses dos incêndios que deflagraram em vários distritos do centro do país, provocando 45 mortos e 70 feridos. Entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro, a Segurança Social fez quase 7400 atendimentos às vítimas dos incêndios da região Centro e atribuiu 63 mil euros em apoios imediatos e 3,9 milhões de euros a seis mil agricultores, revelou à Lusa a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.

Nos dias 15 e 16 de Outubro, as equipas do Instituto da Segurança Social funcionaram em 33 postos de evacuação nos diversos concelhos. Prestaram então apoio social a 2431 pessoas. Ao mesmo tempo, foi disponibilizado um atendimento informativo através da Linha Nacional de Emergência Social, que nesses dias atendeu mais 500 chamadas do que é habitual.

Ainda segundo a Lusa, de 17 até 31 de Outubro as equipas da Segurança Social fizeram mais de 1700 atendimentos, numa cobertura de 40 concelhos. No dia 16 de Novembro nove unidades móveis iniciaram uma nova fase de atendimento especialmente direccionado aos 50 concelhos mais afectados pelos incêndios: um "atendimento porta a porta".

"O levantamento que temos, juntando todos os atendimentos, incluindo o presencial, que durante este período foi reforçado em todos os concelhos que foram afectados, nós estimamos cerca de 7400 atendimentos", adiantou Claudia Joaquim. Esses atendimentos tiveram como finalidade identificar "todas as famílias ou todas as pessoas" que necessitavam ou necessitam de "apoio imediato". E até 31 de Dezembro tinham sido atribuídos cerca de 63 mil euros em apoios imediatos para pagamentos de rendas, deslocações, produtos médicos, entre outras situações.

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