Um Dakar diferente
Este Dakar 2018 está claramente a começar de uma forma diferente. Por um lado, o regresso ao Peru e às suas fantásticas dunas está a dar à corrida uma dureza que não era habitual ver nas primeiras etapas. Por outro lado, as etapas têm tido particularidades que lhe dão outra animação. No segundo dia, foram os carros que partiram primeiro e só depois as motos. Na quarta etapa, a partida foi feita em linhas de 15 motos e de 4 carros. É uma forma de competir diferente e que por sinal levou a profundas alterações.
Nunca, nas minhas participações no Dakar, tive uma partida com estas características pelo que não posso falar dessa experiência, mas recordo que a primeira vitória portuguesa numa etapa do Dakar foi conseguida em 1997 por Duarte Guedes exactamente numa partida em linha de 10 automóveis. A pilotar um Nissan Patrol GR o piloto português conseguiu superar no confronto directo os seus fortíssimos adversários e conquistar uma vitória histórica.
E por falar em portugueses quero saudar o regresso de Carlos Sousa às primeiras posições depois de um arranque menos feliz. O bom desempenho nesta quarta etapa permite-lhe estar já (pelo menos à hora em que escrevo esta crónica) na 15.ª posição da geral.
A quinta etapa terá a particularidade de motos e carros irem por percursos diferentes. Pode ser que me engane mas parece-me que Peterhansel se deixou ficar um pouco mais para trás para não ser ele a abrir a pista.