DGS já enviou relatório final sobre surto de Legionella ao Ministério Público e ao Governo
Surto, que aconteceu no início de Novembro, infectou 56 pessoas e causou a morte de seis. O Ministério Público tem uma investigação a decorrer no Departamento de Investigação e Acção Penal.
A Direcção-Geral da Saúde já enviou o relatório final sobre o surto de Legionella que terá tido origem em pelo menos uma das torres de refrigeração do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa. O surto, que aconteceu no início de Novembro, infectou 56 pessoas e causou a morte de seis. O Ministério Público tem uma investigação a decorrer no Departamento de Investigação e Acção Penal.
“O relatório final sobre o surto de Legionella foi enviado ao Ministério Público e ao Ministério da Saúde no dia 29 de Dezembro”, confirmou fonte da Direcção-Geral da Saúde (DGS) ao PÚBLICO. Quer o Governo como o Ministério Público (MP) já tinham recebido no final de Novembro do ano passado o relatório preliminar sobre o surto que infectou 56 pessoas e causou a morte de seis.
A origem do surto terá sido uma das torres de arrefecimento do hospital. Na altura, o presidente do Instituto Nacional Ricardo Jorge, Fernando Almeida, explicou ao PÚBLICO que as amostras analisadas no instituto permitiram perceber que a estirpe das bactérias detectadas na água de uma das torres arrefecimento do hospital "é indistinguível" e "idêntica" à encontrada em vários doentes.
Na sequência do surto o Ministério Público decidiu abrir um inquérito que se encontra em investigação no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Lisboa. A Procuradoria-Geral da República adiantou, no dia 19 de Dezembro, que até aí não tinham sido constituídos arguidos.
O Governo vai avançar este mês com legislação específica para o combate à Legionella e com um regime sancionatório próprio, em que “as coimas podem chegar aos 45 mil euros”. O trabalho técnico entre os ministérios da Saúde e do Ambiente ficou praticamente concluído no final de Dezembro. Numa primeira fase, o Governo vai avançar com a criação de um cadastro de “todas as instalações onde a Legionella se pode desenvolver em quantidades que possam ser preocupantes para a saúde pública, com as torres de refrigeração em destaque”, explicou, na altura, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes.