Oito revelações do novo livro sobre Donald Trump

Ivanka Trump quer ser candidata à Casa Branca no futuro, o agora Presidente não gostou da cerimónia de tomada de posse e esperava perder as eleições em 2016. Estas são algumas das revelações do livro que será publicado e que promete ser explosivo.

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Reuters/Carlo Allegri

O jornalista Michael Wolff prepara-se para lançar o livro Fire and Fury: Inside the Trump White House, que tem como base mais de 200 entrevistas com pessoas do círculo próximo do Presidente norte-americano, Donald Trump, e que promete várias revelações sobre o agora líder dos Estados Unidos.

A BBC e o Politico listaram já algumas das principais revelações desta obra, entre as quais o facto de Steve Bannon, que chegou a ser o principal estratega de Trump, ter considerado que os contactos mantidos com agentes ligados ao Kremlin durante a campanha por Donald Trump Jr, o filho do Presidente, foram “pouco patrióticos” e que até podem ser entendidos como “traição”.

Trump esperava perder as eleições em 2016 e não estava preocupado com isso

O Politico diz que o livro de Wolff conta que toda a equipa de campanha de Trump esperava uma derrota contundente do candidato republicano contra a democrata Hillary Clinton. O jornalista dá até o exemplo da uma das líderes de campanha, e agora assessora presidencial, Kellyane Conway, que culpou o republicano Reince Pirebus pela eventual derrota de Trump.

Donald Trump, mesmo com o cenário de uma derrota no horizonte, estava radiante: “Isto é maior do que alguma vez sonhei”, afirmou, segundo o livro. “Eu não penso em perder, porque isto não é perder. Nós ganhámos totalmente”, terá ainda referido.

Trump não conhecia a Constituição e não tinha interesse em estudá-la

O livro cita Sam Nunberg, um assessor da campanha de Trump, que lembra como tentou entabular uma conversa com o agora Presidente sobre a Constituição norte-americana. “O mais longe que cheguei foi à quarta emenda”, terá dito Nunberg, descrevendo o ar de enfado de Trump durante a conversa.

Ivanka Trump planeia candidatar-se à presidência

Segundo o autor do livro, a filha mais velha de Trump combinou com o seu marido e conselheiro do Presidente, Jared Kushner, que, no futuro, e se existir oportunidade, Ivanka irá concorrer à Casa Branca.

Trump não gostou nada da cerimónia da sua tomada de posse

O autor de Fire and Fury: Inside the Trump White House diz que o dia de tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA não foi fácil para os que o acompanhavam e, principalmente, para a sua mulher, Melania. De acordo com que é relatado, ao longo do dia, Trump foi visto visivelmente irritado, a discutir com a agora primeira-dama, e a queixar-se de vários aspectos da cerimónia.

Trump achou a Casa Branca “incómoda” e “assustadora”

A Casa Branca não agradou a Donald Trump. O autor do livro, citado pela BBC, afirma que o Presidente achou a residência “incómoda” e “até um pouco assustadora”.

Trump admirava Murdoch, mas este achou-o um “idiota”

O livro também relata como, depois de uma conversa telefónica entre ambos, Donald Trump ficou com uma excelente impressão do homem-forte da News Corp, Rupert Murdoch. “Ele é um dos maiores, o último dos maiores”, terá dito o então Presidente eleito.

No entanto, o sentimento não seria mútuo, já que, assim que desligou o telefone, Murdoch terá dito que Trump era “um perfeito idiota”.

Michael Flynn reconhecia que ligações com a Rússia poderiam ser um problema

O antigo assessor para a Segurança Nacional de Trump Michael Flynn, que foi despedido por ter omitido ligações a personalidades russas ligadas ao Kremlin, terá sido avisado, antes da eleição de Trump, que aceitar 45 mil dólares de russos para proferir um discurso não era uma boa ideia. “Bem, só será um problema se ele ganhar [as eleições]”, terá dito Flynn.

Seis semanas depois de tomar posse, Administração não sabia identificar as suas prioridades

A chefe de gabinete da Casa Branca, Katie Walsh, terá perguntado a Jared Kushner quais era os objectivos da nova Administração norte-americana: “Quais são as três prioridades desta Casa Branca?”, terá perguntado Walsh, segundo o autor do livro. “Seis semanas de presidência de Trump, Kushner estava totalmente sem resposta. ‘Sim’, disse ele a Walsh. ‘Deveríamos, provavelmente, ter essa conversa’”, cita a BBC.

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