Mensagem de Ano Novo: as primeiras reacções dos partidos

A tragédia dos incêndios esteve presente no discurso presidencial, mas também nos comentários à mensagem.

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O Presidente em sua casa LUSA/RUIOCHOA

Meia hora depois de o Presidente da República ter lido, em directo, a sua mensagem de Ano Novo, os partidos começaram a reagir. Pelos comunistas falou Dias Coelho, da comissão política do partido. Pelos sociais-democratas foi Matos Rosa, secretário-geral. Pelo CDS e pelo Bloco de Esquerda falaram os eurodeputados Nuno Melo e Marisa Matias, respectivamente.  O PEV enviou um comunicado escrito e o PS só comenta na terça-feira.

"O PCP tem confiança que a capacidade de reinvenção dos portugueses é na linha que tem sido prosseguida este ano que está o caminho", disse Dias Coelho, na sede do PCP.  O partido aproveitou para prestar a sua solidariedade às vítimas das tragédias deste ano, mas acrescentou: "As tragédias têm causadores e decdorem de décadas e décadas de políticas que levam à desertificação do interior e ao abandono da floresta.

Pelo PSD, Matos Rosa congratulou-se por "as reformas do passado continuarem a dar os seus frutos"  e referiu a austeridade esquecida que tem afectado áreas prioritárias como a saúde ou a educação". Aproveitou ainda para falar sobre o aumento dos preços em 2018 e disse que os parceiros que apoiam o Governo "não estão disponíveis para a reinvenção". Os portugueses merecem mais do que a gestão do imediato".

Nuno Melo, líder da distrital de Braga do CDS e vice-presidente, trouxe para o seu comentário ao discurso do Presidente um assunto que ficou de fora da mensagem de Marcelo: a lei do financiamento dos partidos "feita à medida" pela Assembleia da República. 

Já a bloquistaMarisa Matias elogiou a análise presidencial e referiu que não se pode perder a oportunidade de "voltar a levar os serviços públicos para os sítios de onde eles saíram". 

Em nota enviada às redacções, o PEV escreveu que mais "do que criatividade e reinvenção, é preciso vontade política, garantia de meios e acção, de modo a que a mudança estrutural se dê, de facto".

Num parágrafo sobre a tragédia dos incêndios florestais, Os Verdes sublinharam que, desde o início da legislatura, "trabalharam incansavelmente para que se tomassem medidas legislativas e orçamentais que viessem a ter repercussão visível na floresta, designadamente através da necessidade de estancar as imensas áreas de monocultura do eucalipto; através de medidas que contrariem o despovoamento do mundo rural, como incentivos fiscais às empresas que se instalem na zona interior do país; ou através de mais meios de vigilância da nossa floresta e nas nossas áreas rurais (como guardas e sapadores florestais e vigilantes da natureza)".

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