Aumento de portagens afecta 37% da rede de auto-estradas
Subida de cinco cêntimos nos veículos de classe 1 é a actualização mais comum. Mas também há tarifas que sofrem aumentos de 15 cêntimos
A grande maioria dos troços de auto-estradas com portagem em Portugal Continental não vai sofrer aumentos a partir do dia 1 de Janeiro de 2018. De acordo com informação recolhida pelo PÚBLICO, o Ministério do Planeamento e Infraestruturas homologou todos os pedidos de actualização anual de portagens feitos pelas concessionárias. Assim — com base no aumento verificado na inflação (Índice de preços do Consumidor, sem habitação) registada em Outubro, e que foi de 1,4% —, as taxas de portagem vão manter-se inalteradas em 63% da rede de auto-estradas portajadas.
De acordo com a informação recolhida pelo PÚBLICO junto de fonte da Secretaria de Estado das Infraestruturas, haverá alteração em 37% das taxas a partir do dia 1 de Janeiro. As taxas que sofrerão actualização terão um ajustamento, em regra, de 0,05 euros nos veículos de Classe 1. Mas também há casos de aumentos de 0,15 euros, por exemplo, na travessia da Ponte Vasco da Gama. Em 2018, um veículo da Classe 4 terá de pagar 12 euros para poder atravessar o Tejo através desta ponte.
A concessão em que se regista um maior número de casos com actualização (em 47% dos casos) é a Brisa, que vai aumentar as portagens em 172 troços – tem sob sua gestão, na totalidade da rede, 364 taxas de portagem.
Nas 300 taxas de portagem que foram criadas nas antigas SCUT (Norte Litoral, Grande Porto, Costa de Prata, Interior Norte, Beira Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve) haverá alteração em 99 tarifas – pelo que 67% dos troços ficam sem alteração.
No caso das concessões Norte e Grande Lisboa, haverá alteração em 34% das taxas de portagem, o que implica aumentos em 41 troços.
Na Concessão Douro Litoral só haverá alterações em seis taxas de portagem (a concessão tem 72 troços), e na Litoral centro, das 48 taxas de portagem que tem na sua extensão, haverá aumentos em 27 casos. Na concessão Oeste, os aumentos abrangerão 28% das taxas, isto é, em 27 dos 96 casos.
O contrato de concessão das pontes sobre o Tejo obedece a regras diferentes, e prevê a actualização anual de portagens, independentemente do valor da inflação. As tarifas que passarão a ser cobradas na Ponte 25 de Abril aumentam cinco cêntimos no casos das Classe 1 e 4 (passarão a ser cobrados 1,8 euros na Classe 1 e 7,1 euros na classe 4), e dez cêntimos nos casos das classe 2 e 3, que passarão a custar 3,95 e 5,45 respectivamente.
No caso da Ponte Vasco da Gama haverá aumentos de cinco cêntimos nas classes 1 e 2 e de 15 cêntimos nas classes 3 e 4. As taxas a cobrar serão de 2,8 euros para a Classe 1, de 6,35 euros para a classe 2, de 9,35 euros para a Classe 3 e de 12 euros para a classe 4.