Tempestade Bruno passa longe de Portugal, mas não passará despercebida

Regiões Norte e Centro notarão chuva intensa e fortes rajadas de vento, que se deverão manter até quarta-feira.

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Diogo Baptista

A tempestade Bruno irá passar longe de Portugal, mas a superfície frontal fria é suficiente para que durante as próximas horas se assista em algumas regiões um aumento da intensidade da chuva e do vento. De acordo com a informação transmitida pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a tempestade Bruno encontra-se a sudoeste das ilhas britânicas e irá deslocar-se gradualmente para leste, o que se traduzirá em precipitação localmente intensa e agitação marítima em Portugal, especialmente nas regiões Norte e Centro, até à madrugada de quarta-feira.

“O seu raio de acção é muito mais vasto e isso acaba por se fazer sentir”, explica ao PÚBLICO a meteorologista Ângela Lourenço. “No Norte já se sente o vento com mais intensidade”, detalha.

O vento será moderado a forte, com rajadas até 80 km/h, podendo atingir 110-120 km/h nas terras altas das regiões Norte e Centro, “nomeadamente nos distritos de Viana do Castelo, Porto, Vila Real, Braga e Guarda”, acrescenta a meteorologista.

A partir do final desta tarde estarão em alerta laranja oito distritos de Portugal com ondas que podem atingir os dez metros. Os avisos por causa do vento estão activos até ao final desta terça-feira.

“Na costa ocidental, os efeitos sentir-se-ão até dia 28, com ondas de noroeste com quatro a cinco metros, atingindo cinco a seis metros a norte do Cabo Carvoeiro, amanhã [quarta-feira], dia 27”, lê-se no comunicado do IPMA.

Na Galiza, a passagem da tempestade já está a ser sentida, com relatos de rajadas de vento a 118 km/h, em Cedeira, Corunha. Segundo o diário galego Voz de Galicia, diversos municípios galegos adoptaram já o alerta laranja. O mau tempo deverá manter-se até ao final da semana.

Passagem de ano chuvosa

Com a informação disponível nesta terça-feira, e ainda sujeita a confirmação nos próximos dias, prevê-se uma passagem de ano com “chuva nas regiões Norte e Centro”, sem registo de possibilidade elevada de precipitação no Algarve e Madeira.

Ângela Lourenço ressalva que esta é apenas uma previsão e o cenário poderá ainda transformar-se. Porém, tudo indica que a entrada em 2018 seja acompanhada de chuva na maior parte do território continental.

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