O melhor jogador africano do ano continua longe de Portugal

Mané, Aubameyang e Salah são os três finalistas do prémio de futebolista do continente em 2017. Os portistas Aboubakar e Brahimi estavam na lista de 11.

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Aubameyang é o único dos três finalistas que já ganhou o prémio LUSA/FRIEDEMANN VOGEL

Já foi há mais de 20 anos, mais precisamente há 23, que o prémio de melhor jogador africano do ano foi para alguém que jogava em Portugal. Foi Emmanuel Amunike, então no Sporting, a ser considerado pela Confederação Africana de Futebol (CAF) o melhor jogador do continente em 1994, um ano em que a Nigéria ganhou a Taça das Nações Africanas. Um ano antes tinha sido Rashid Yekini, avançado do Vitória de Setúbal, e, em 1987, quando o prémio era atribuído pela “France Football”, foi para Rabah Madjer, grande avançado argelino do FC Porto.

Em 2017, e apesar dos dois nomeados a jogar na liga portuguesa, o prémio irá para a Premier League ou para a Bundesliga. O egípcio Mohammed Salah (Liverpool), o senegalês Sadio Mané (Liverpool) e o gabonês Pierre Emmerick Aubameyang (Borussia Dortmund) são os três finalistas anunciados nesta segunda-feira pela CAF para o primeiro de melhor africano do ano (que será atribuído a 4 de Janeiro do próximo ano, em Acra, capital do Gana). Este trio que saiu de uma lista inicial de 11 nomes onde estavam os portistas Vincent Aboubakar (Camarões) e Yacine Brahimi (Argélia).

Dos três finalistas, Aubameyang já ganhou o prémio em 2015 e ficou em segundo em 2016, enquanto Mané foi o terceiro mais votado no ano passado. O avançado gabonês foi o melhor marcador da Bundesliga em 16-17 e transportou a boa forma para a presente época. Sadio Mané, por ser lado, continua a brilhar a grande altura no Liverpool de Jurgen Klopp, tal como Mohammed Salah, que está na melhor forma de sempre. Depois de se ter reencontrado com os golos na Roma após uma primeira experiência frustrante no Chelsea, Salah aterrou em Anfield e é, actualmente, o melhor marcador da Premier League, para além de ter sido o melhor marcador da qualificação africana na excelente campanha do Egipto rumo ao Mundial 2018.

Apesar da boa forma que tem mostrado ao serviço do FC Porto, Brahimi terá sido prejudicado pela falta de títulos pela sua equipa e pela péssima campanha da selecção argelina, tanto na CAN, como nas qualificações para o Mundial. O mesmo não aconteceu com Aboubakar, que é um dos melhores marcadores da Europa, foi campeão turco pelo Besiktas na época passada, está a fazer uma grande temporada do FC Porto e foi campeão africano em 2017 com a selecção dos Camarões.

Os “Leões Indomováveis” estão apenas nomeados para selecção do ano, já que o seleccionador responsável pela conquista da CAN, o belga Hugo Broos, não está entre os três finalistas para treinador do ano – para este prémio, os nomeados são Gernot Rohr e Hector Cuper, que qualificaram, respectivamente, Nigéria e Egipto para o Mundial 2018, e Lhousseine Ammouta, que conduziu o WAC de Casablanca ao título de campeão africano de clubes.

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