“Todos temos algo de Johnny” Hallyday, diz Macron
"De Johnny Hallyday não esqueceremos nem o nome nem a voz", disse Presidente francês.
O Presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira que todo o país está de luto, após a morte de Johnny Hallyday, esta madrugada, aos 74 anos, destacando que “todos têm qualquer coisa” do icónico cantor de rock & roll.
“De Johnny Hallyday não esqueceremos nem o nome nem a voz (...) e especialmente as interpretações que, com o seu lirismo bruto e sensível, pertencem hoje inteiramente à história da música francesa. Ele trouxe uma parte da América para o nosso Panteão nacional”, indicou um comunicado divulgado pelo Eliseu.
Considerado o pai do rock & roll francês, Johnny Hallyday morreu esta madrugada, na sua casa em Marnes-la-Coquette, a oeste de Paris, aos 74 anos, vítima de cancro, informou a mulher, Laeticia, em comunicado.
“Todo o país está de luto”, afirmou Emmanuel Macron, elogiando “a sinceridade e a autenticidade que manteve acesa a chama que ele ateou no coração do público”, indicou a mesma nota do Eliseu, acrescentando que o chefe de Estado francês falou com os familiares de Johnny Hallyday.
Johnny Hallyday tinha cancro do pulmão, doença que anunciou publicamente em Março, e repetidos sustos de saúde que marcaram os noticiários em França, mas não abandonou os palcos, com actuações recentes incluindo no Verão passado.
Celine Dion figura entre as estrelas que expressou condolências pela morte do cantor rock que vendeu mais de 100 milhões de discos, encheu salas de concerto ao longo de 50 anos de carreira, e dividia o seu tempo entre as cidades de Los Angeles e Paris.
“Eu não sou uma estrela. Sou um simples homem”, afirmou Johnny Hallyday, numa entrevista à France 3 em 2006.
Jean-Philippe Léo Smet, de seu verdadeiro nome, nasceu em Paris, na França ocupada de 1943. Filho da modelo Huguette Clerc e do artista belga de music-hall Léon Smet, viveu em Londres com a tia e o marido desta, um artista de variedades a quem foi buscar o nome artístico.
Conhecido como o “Elvis francês” era sempre comparado em França com o rei. Foi precisamente o tema Loving You, do seu ídolo Elvis Presley, que o levou a decidir que queria ser cantor.