Número de Erasmus nas universidades portuguesas aumentou 13%
Intercâmbio europeu voltou a bater recordes em 2015/16. Houve 17.055 participantes nacionais nas várias dimensões do programa.
O número de europeus que estudam no ensino superior nacional ao abrigo do Erasmus voltou a bater recordes. Houve 12.969 alunos a chegar a Portugal em 2015/16 ao abrigo desse programa, revela o relatório anual que foi nesta quinta-feira apresentado pela Comissão Europeia. Isto significa um crescimento de 13% face ao ano anterior.
O total de estudantes portugueses que saem do país para estudar também continua a crescer, ainda que a uma velocidade mais moderada: 8,4%.
Estes números dizem respeito ao Erasmus Ensino Superior, como é agora designado o intercâmbio para estudantes universitários, que foi o fundador do programa europeu que este ano cumpriu 30 anos. Mas hoje esta componente é apenas uma das vertentes do Erasmus+, que foi criado em 2014.
Dos 12.969 estrangeiros que chegaram a Portugal no âmbito dessa iniciativa, 10.178 foram estudar para as universidades e institutos politécnicos. Os restantes viajaram ao abrigo de estágios.
O total de estudantes Erasmus do ensino superior que chegam a Portugal não tem parado de crescer. Face a 2008/2009, o início da série estatística apresentada no relatório da Comissão Europeia, o número de estudantes mais do que duplicou. Eram então 6232 a chegar a Portugal.
Entre os estudantes nacionais a tendência também é de crescimento. Segundo a Comissão Europeia saíram do país, ao abrigo do Erasmus Ensino Superior, 8705, o que representa um aumento de 8,4% face ao ano anterior. Destes, 6176 foram estudar e os restantes fazer estágios.
Apesar de serem cada vez mais os estudantes nacionais a estudar fora do país ao abrigo do programa Erasmus, as preferências dos portugueses continuam a ser relativamente seguras. Espanha continua a estar no topo das preferências. Segue-se a Itália e a Polónia, destino que ganhou visibilidade nos últimos anos.
A Universidade de Lisboa é a que mais estudantes envia para Erasmus, o que não é surpreendente, se tivermos em conta que é também a maior instituição de ensino superior nacional. A segunda da lista é também a segunda maior universidade do país, a do Porto. A Universidade de Coimbra fecha o pódio apresentado pela Comissão Europeia no seu relatório.
Além do ensino superior, o Erasmus+ integra também os programas de intercâmbio para estudantes do ensino não superior, ensino profissional e educação de adultos. Os números globais, ensino superior e não superior, são estes: ao longo de 2016, houve 17.055 portugueses que ao abrigo de 335 projectos financiados com uma verba de 31,27 milhões de euros beneficiaram de algum tipo de mobilidade.
Com um aumento de 7,5 % do orçamento do Erasmus+ em relação ao ano anterior, a União Europeia (UE) investiu um montante recorde de 2,27 mil milhões de euros para apoiar 725.000 europeus com bolsas de mobilidade para estudar, leccionar, receber formação, trabalhar ou fazer voluntariado no estrangeiro.
Em 2016, o programa investiu também em 21.000 projectos envolvendo 79.000 organizações de ensino, formação e juventude – mais 15 % que em 2015.
O actual programa Erasmus+, que decorre de 2014 a 2020, dispõe de um orçamento de 14,7 mil milhões de euros e proporcionará a 3,7% dos jovens da UE uma oportunidade para estudarem, seguirem uma formação, adquirirem experiência de trabalho e fazerem voluntariado no estrangeiro (ou seja, cerca de 3,3 milhões de jovens ao longo de todo o período).