Seis factos sobre Charles Manson, o assassino da era hippie que quase acabou com o “paz e amor”

Charles Manson morreu no domingo, aos 83 anos. Líder de um culto responsável por vários homicídios nos anos 1960, entre eles o da actriz Sharon Tate, casada com o realizador Roman Polanski e à data grávida de oito meses, Manson deixou marcas na cultura popular norte-americana.

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Reuters

- Quando estava preso no estado de Washington na década de 1960, Manson tornou-se amigo de Alvin "Creepy" Karpis, que esteve ligado a um famoso grupo de assaltantes de bancos dos anos 30, conhecido como a família Barker. Karpis ensinou-o a tocar guitarra e, num livro de memórias de 1980, descreveu o “pequeno Charlie” como preguiçoso, mas com uma voz e uma personalidade agradáveis, “embora fosse estranhamente manso e suave para um condenado”.

- Segundo a biografia Manson, as capacidades de manipulação deste líder do culto que se estabeleceu em Spahn Ranch, Califórnia, dedicando-se a pequenos crimes, ao consumo de drogas e ao amor livre antes de entrar numa onde de homicídios, foram aprimoradas na prisão quando ele assistiu a uma sessão baseada no livro How to Win Friends and Influence People, de 1936, escrito por um guru da auto-ajuda chamado Dale Carnegie.

- Na esperança de dar um impulso à sua carreira musical, Charles Manson tornou-se amigo do baterista dos Beach Boys, Dennis Wilson, e do produtor Terry Melcher. Mais tarde aborreceu-se com este último porque não fez um disco com ele. A primeira ronda de homicídios dos seguidores de Manson ocorreu na casa onde Melcher, filho da actriz Doris Day, vivera.

- Antes da vaga de assassínios, os Beach Boys gravaram uma canção que Manson escreveu, Never learn not to love. Mais tarde, os Guns N' Roses puseram em disco o seu tema Look at your game girl. Marilyn Manson, cujo nome artístico se deve, em parte, ao famoso homicida, usou versos de Mechanical Man no seu tema My Monkey. Trent Reznor, líder da banda Nine Inch Nails, viveu na casa onde Sharon Tate e outros foram assassinados.

- Manson foi tudo menos um prisioneiro modelo desde a sua condenação à morte pelos homicídios Tate-LaBianca (a pena mais tarde foi comutada para prisão perpétua). Envolvia-se frequentemente em lutas, pegou fogo aos colchões, foi castigado por ter armas e por vender drogas a outros reclusos. Recusou-se muitas vezes a participar em programas de reabilitação e a sujeitar-se a avaliações psiquiátricas. Em 1984 sofreu queimaduras graves quando outro preso lhe ateou fogo.

- Chegou a ser avançado que Anthony Hopkins estudou vídeos de Charles Manson enquanto se preparava para o papel de Hannibal Lecter, o serial killer de O Silêncio dos Inocentes, mas o actor britânico negou-o.