Governo preparado para "qualquer desfecho" em relação à EMA

Ministro da Saúde esteve no Porto a Comissão Nacional de Candidatura, que reuniu hoje pela última vez com a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

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Rui Moreira com Adalberto Campos Fernandes FERNANDO VELUDO/LUSA

A três dias da votação da cidade que vai acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA, no acrónimo em inglês) em 2019, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e a secretária de Estados dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, enalteceram esta sexta-feira o trabalho realizado pela Comissão Nacional de Candidatura e pela diplomacia portuguesa, mas declaram que esta “corrida bastante renhida" onde estão em disputa 19 propostas.

“Temos de estar preparados para qualquer desfecho”, declarou a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, numa conferência de imprensa na Câmara do Porto, no âmbito da última reunião da Comissão Nacional da Candidatura, presidida pelo médico Eurico Castro Alves.

As últimas notícias não são favoráveis à candidatura do Porto. Bratislava e Milão estão a ser apontadas como as cidades favoritas para acolher a EMA em 2019, quando o "Brexit" se tornar efectivo e a agência deixar Londres.

A conferência de imprensa decorreu num ambiente contido, sem ninguém a arriscar que o Porto tem hipóteses de ser escolhida. O ministro da Saúde referiu que "o Porto mostrou a sua vitalidade, a sua capacidade de acolher entidades de elevada diferenciação", afirmando que "de certeza que a cidade abriu portas". "Independentemente do resultado, Portugal e o Porto ganharam. Ganharam com uma candidatura que prestigiou o país, uma candidatura nacional. O Porto está claramente no conjunto das candidaturas mais fortes", afirmou Adalberto Campos Fernandes.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou o facto de a candidatura da cidade “ter preenchido todos os requisitos” para ser escolhida para sede da EMA e que, a partir de agora, “nada será como dantes”. Segundo o autarca, o Porto ganhou visibilidade e está receptivo a aceitar novos desafios, porque tem trabalho feito. “Apesar de tudo, passamos a estar no mapa. O Porto passa a ser olhado de maneira diferente”, sublinhou ainda Rui Moreira, que deixou elogios ao trabalho feito pela diplomacia portuguesa. “Foi um trabalho muito bem feito pela rede de embaixadores”, referiu o autarca.

Eurico Castro Alves arrefeceu euforias, declarando que “mais do que optimismo, há esperança” .

Os ministros da União Europeia participam, segunda-feira, numa votação secreta para decidirem a nova casa da Agência Europeia do Medicamento assim como a futura localização das Autoridade Bancária Europeia.

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