César diz que não será necessário mexer no défice

Líder parlamentar do PS nega também a necessidade de orçamento rectificativo para este ano para acomodar medidas de resposta aos incêndios.

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Carlos César, líder parlamentar do PS Enric Vives-Rubio

Os deputados socialistas estiveram, esta noite, reunidos com o primeiro-ministro António Costa e de lá saiu a garantia que o défice de 1%, em 2018, será para cumprir e que não haverá necessidade de um orçamento rectificativo, este ano, para acomodar as medidas extraordinárias anunciadas no Conselho de Ministros de sábado.

"Em 2017, há a possibilidade de utilizar algumas folgas decorrentes da poupança que temos a vários níveis, desde logo com juros da dívida pública", disse Carlos César aos jornalistas, no final da reunião do grupo parlamentar com António Costa, que durou cerca de duas horas.

"Parece-nos certo que, já no Orçamento de 2017 como de 2018, a proposta já existe de modo a acomodar, de forma significativa, algumas despesas associadas à execução das medidas anunciadas no decorrer do relatório da comissão", defendeu.

Além de não ser necessário mexer nas contas deste ano, César garantiu que também não será preciso mexer nas de 2018. Quando questionado sobre se será ajustado o défice para 2018, respondeu: "Não me parece que isso seja necessário. Há necessidade de rearranjo das verbas orçamentadas, do aproveitamento das disponibilidades existentes", disse, mas não a meta final. "O défice de 1% é perfeitamente suportável" tendo em conta a política do Governo, garantiu.

Admitindo a necessidade de "rearranjo" das dotações que constam do Orçamento, o líder parlamentar do PS assumiu que serão apresentadas algumas alterações ao Orçamento, que estão a ser trabalhadas com o Governo, para que haja "dotações financeiras suficientes" para pôr em prática todas as medidas.

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