Moção do CDS ao Governo foi aprovada por unanimidade, diz Cristas

Centristas estiveram reunidos em Conselho Nacional na Covilhã

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Assunção Cristas, Telmo Correia e Fernando Barbosa na mesa do Conselho Nacional desta manhã LUSA/António José

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, disse este sábado que tem recebido manifestações de apoio relativas à moção de censura que o partido apresentou ao Governo e lembrou que foi "uma decisão tomada por unanimidade na Comissão Executiva da CDS".

"Das intervenções que ouvi até agora são todas, unanimemente, a favor da moção de censura, aliás foi uma decisão tomada por unanimidade na Comissão executiva do CDS", frisou, depois de questionada sobre a existência de uma alegada corrente interna de oposição a esta moção.

Assunção Cristas falava à margem do Conselho Nacional do CDS, que se realizou este sábado na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

O encontro visava a análise dos resultados do CDS nas últimas eleições autárquicas, mas tendo em conta os acontecimentos nacionais relacionados com os incêndios, o primeiro tema abordado acabou por estar relacionado com essa temática e com a consequente moção de censura anunciada pelo CDS.

Sobre a moção, a líder centrista sublinhou ainda que não são apenas os militantes do CDS a concordarem com ela: "Creio que não é apenas o CDS que concorda com esta moção de censura, é muita gente e muitas pessoas por todo o país, que se sentem confortadas por esta moção de censura dar voz à sua indignação, quando o Estado falha na sua missão primeira".

Tema deste Conselho Nacional, o resultado nas eleições autárquicas foi abordado por Assunção Cristas ao fazer um balanço positivo, especificando que o CDS cumpriu todos os seus objectivos, já que aumentou o número de votos e o número de mandatos nas autarquias.

Intitulada "Pelas falhas do Governo nos incêndios trágicos de 2017", a moção de censura é debatida na próxima terça-feira na Assembleia da República.

No texto apresentado pelo CDS é referido que "as medidas anunciadas para o médio e longo prazo não justificam a omissão no curto prazo" e que, no período entre as duas tragédias de fogos florestais de junho e outubro, "o primeiro-ministro não se mostrou disponível para assumir as responsabilidades políticas".